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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Esse antipetismo...

 Até agora o fenômeno político mais subestimado da campanha é o antipetismo. O bicho está vivo, forte e encravado ou enraizado na alma das pessoas. Não é pouca gente associando o mal ao PT. Varreram outra vez todo o ódio represado no ser humano pra cima do PT. E isso está posto de duas maneiras: a violência política atiçada nas pessoas sobre o partido e a forma espantosa, fleumática e convicta com que governadores, prefeitos, dirigentes de partidos do agora quase extinto centro político e até aqueles cuja reputação foi enxovalhada pelo gabinete do ódio correram para apoiar Bolsonaro. A votação expressiva em Bolsonaro mostra que ainda há uma intolerância ao petismo latente na sociedade, que começou a ser acordada e pode ser revitalizada à custa de Fake News, máquina pública usada sem escrúpulos e economia em recuperação.

Alguns sinais evidentes disso:

1.     Divisão do mapa do Brasil entre Norte e Sul;

2.     Eleição de um Congresso que manca para a direita;

3.     Uma elite empresarial que não aceita um novo comando político sem sinalização de como será a condução da economia (desejosa de atrair o setor produtivo).

Assim, três grandes desafios estão postos no caminho:

A)   Vencer em 30 de outubro;

B)    Governar com um Congresso em que as forças da esquerda não têm nem cheiro de maioria;

C)   Enfrentar o ácido antipetismo existente na entranha social. Tão forte que, apenas apontar os riscos que Bolsonaro representa à democracia não será suficiente para superá-lo. Tão devastador que é, ele é capaz de relevar as 686 mil mortes na pandemia e as ameaças reiteradas pelo presidente de “enquadrar” Poderes e de não reconhecer o resultado das eleições. Incrivelmente, houve uma diluição do horror aos riscos que Bolsonaro traz ao país. 

Onde está esse “antipetismo”? Ora, muitos dizem não tolerar a corrupção, mas relevam rachadinha, releva compra de imóveis em dinheiro vivo, dinheiro em pneu para pastores lobistas e o que mais vier. Então existe outra coisa que leva boa parte do país ter memória recente mais curta que a remota. Não é o enjoo pela corrupção, mas o escárnio pelo PT. O “antipetismo” pulsa!

Enfim, não existe “lado bom” e “lado ruim”. Tem muito brasileiro que está do lado do mais forte. Se Bolsonaro se reeleger a galera esquecerá dos ataques à democracia, da condução negacionista da pandemia, do confronto com os estados, dos protocolos sanitários, da cloroquina e tudo mais. Enfim, se o antipetismo for alimentado, sobreviverá o mais forte. Morte que segue!

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