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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Divergências sobre a Petrobras

 

Diferenças sobre o papel da estatal nas propostas de Lula x Bolsonaro

As visões para o futuro da Petrobras

Bolsonaro

Lula

1.     Tamanho da estatal:

- manter a venda de ativos (como refinarias) e até uma possível privatização da empresa;

- na lista vendida está a BR Distribuidora, que mudou o nome para Vibra, além de refinarias e campos de exploração.

- O Governo já tem pronto um projeto para privatizar a empresa, que precisa ser enviado ao Congresso e aprovado por Deputados e Senadores para seguir adiante (um processo que levaria pelo menos 4 anos).

2.     Visão estratégica de refino:

- foi durante a atual gestão que a companhia começou o processo de venda do parque de refino, visando a aumentar a concorrência no mercado.

3.     Produção de óleo:

- também foi o governo Bolsonaro que vendeu a BR Distribuidora.

- quer manter foco na exploração e produção de petróleo.

4.     Ampliação da atuação da empresa para o setor elétrico:

- não tem planos públicos voltados para energia renovável.

- paira a incerteza sobre como ficará o setor de petróleo na área de exploração e produção, refino, varejo e transição energética.

- Enquanto o papel da Petrobras precisa ser integrado ao cenário de energia como um todo, levando em conta a forma como a estatal vai participar do avanço das fontes renováveis e se vai investir na área nos próximos anos, o Governo atual não aponta essa direção/indicação. Por isso, a empresa vem hoje investindo em projetos “secundários”, de baixa emissão de carbono.

5.     Política de preços dos combustíveis:

- Não diz exatamente o que pretende fazer com os preços da estatal.

- Defendia os preços livres no setor, mas mudou o comando da estatal por três vezes nos últimos dois anos justamente por não concordar com os aumentos da gasolina e do diesel.

- Na véspera do segundo turno, tem pressionado a petroleira a segurar reajustes. Ou seja, faz uso político da estatal para benefício próprio.

- Na área técnica tem acompanhado os preços internacionais em alta após o corte de produção anunciada pela Opep+, cartel que reúne os maiores produtores do mundo.

 

 

 

1.     Tamanho da estatal:

- interromper ao menos temporariamente a venda de ativos como refinarias

- fazer parcerias com o setor privado para ampliar a atuação da estatal

- dizem descartar a possibilidade de reestatização (não retomar nada à força nem recomprar exatamente o que se tinha).

- será feita uma reavaliação sobre a venda de ativos, o que pode significar uma mudança na lista de empreendimentos à venda.

2.     Visão estratégica de refino:

- é necessário que a Petrobras tenha uma visão de longo prazo.

- a empresa precisa ficar mais próxima do consumidor final.

- ampliação do parque de refino, mas sem necessariamente construir novas unidades. Poderia haver aumento de capacidade de produção.

3.     Produção de óleo:

- ampliar a capacidade de produção de derivados;

- formar parcerias, mesmo minoritárias, para explorar áreas como o Margem Equatorial.

4.     Ampliação da atuação da empresa para o setor elétrico:

- transformar a companhia em uma empresa de energia, não só de petróleo (ordenhadeira de pré-sal); é preciso falar em energia renovável, transição energética, hidrogênio verde, aprimoramento de sua petroquímica e biocombustíveis.

- produzir energia eólica no mar (offshore), diante da expertise da empresa nos oceanos.

- fazer parcerias para novas fronteiras, como a Margem Equatorial (B.R. e M.V).

5.     Política de preços dos combustíveis:

- o PT tem um plano para muda a política de preços da estatal que equipara os valores do mercado doméstico ao dólar e ao custo do barril de petróleo.

- ele propõe a criação de uma espécie de “preço de referência” para a Petrobras e demais petroleiras, a partir do qual seria definido o preço dos combustíveis. Esse valor poderia considerar, por exemplo, componentes de combustível, margens de refino, distribuição e margens de revenda.

 

Pontos Comuns:

·       Há críticas à política de preços da estatal, que equipara os valores do mercado doméstico ao dólar e ao custo do barril de petróleo.

·       Não é factível outra solução que não a da paridade internacional (de preços).

·       Tendem a ter a ideia de tentar segurar o preço do combustível para segurar a inflação.

·       Paira a incerteza sobre como ficará o setor de petróleo em exploração e produção, refino, varejo e transição energética.

·       Ainda não há número fechado de investimento. O plano atual, de 2022 a 2026, prevê US$ 68 bilhões.

·       A estatal vai seguir com as diretrizes atuais, investindo no pré-sal e em novas áreas como a chamada Margem Equatorial, no litoral entre as regiões Norte e Nordeste, do Amazonas ao Rio Grande do Norte, e a Bacia de Sergipe-Alagoas.

·       Espera iniciar a perfuração do primeiro poço na Bacia Foz do Amazonas assim que receber o aval do Ibama, que ainda não saiu. A região é considerada área sensível do ponto de vista ambiental.

·       Ambos buscam limitar o repasse da flutuação nas cotações do barril para os preços de gasolina e diesel. O Mercado não gosta disso, porque segurar preços é fator que restringe a atração de investimentos privados, dificultando a criação de um mercado privado efetivo no setor de óleo e gás.

·       O Mercado contra-ataca: “Quando a Petrobras mantém seus preços abaixo dos de mercado, está praticando dumping. Se mantém preço elevado, perde mercado e prejudica acionistas. Por isso não é factível outra solução que a da paridade internacional”.

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