70% dos municípios brasileiros não atingiram as metas de imunização para as crianças em 2021. Os índices de proteção recomendados não estão sendo alcançados porque as esferas do Governo não estão apresentando soluções eficazes. Sobram movimentos antivacinas de um lado e faltam campanhas de vacinação sérias do outro, contra a tuberculose (vacina BCG), contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria Haemophilus influenza tipo b (vacina pentavalente), contra a poliomielite e contra a própria Covid-19. Aliás, faz quase um mês que a Anvisa aprovou a vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças de 6 meses a 4 anos. Mas até agora o governo não comprou as doses.
A afronta à Ciência e a falsa sensação de doença erradicada está produzindo uma população mais vulnerável a todas essas doenças. A população precisa ficar exposta diariamente não a vírus e bactérias, mas a uma intensa campanha de esclarecimento e conscientização sobre a importância da vacinação. Além da falta de coordenação, também carecem infraestrutura e logística. A má localização dos postos e horários inadequados dificulta um serviço que deveria ser fácil e acessível.
É preciso divulgar e incentivar
iniciativas bem-sucedidas de Estados e Municípios pelo Brasil a fora. Há
prefeituras que criaram “vacinômetros” móveis para levar as doses a comunidades
mais distantes; outras vão às escolas para imunizar as crianças; a caderneta de
vacinação atualizada deveria ser obrigatória para beneficiários dos programas
sociais dos governos. Enfim, soluções para ampliar os índices indigentes de
vacinação não faltam. O que falta é responsabilidade do Ministério da Saúde,
que expõe o país ao risco de ressuscitar até doenças erradicadas no passado.
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