Tese 1. Relações civilizadas são fundamentais para a saúde mental. Necessitamos de um ambiente social saudável para lidar com nossas crises internas. Acontece que o Governo Bolsonaro abriu a caixa das perversões humanas, e permitiu que o coletivo social ultrapassasse limites que não podem ser ultrapassados na vida em sociedade. Vai nos custar muito trabalho refazer esses limites e resgatar nosso equilíbrio social.
Tese 2. A relação do sujeito é com o desejo do “outro”, e esse “outro” pode tomar a forma do próprio adversário político. E ninguém merece olhar para a cara do companheiro e ver Bolsonaro. Ou olhar para a cara da companheira e ver a Damares. Já pensou olhar para o amigo e enxergar o Paulo Guedes? E muitos outros reflexos desagradáveis mais...
Tese 3. Também vale destacar as redes antissociais, sempre incendiárias, causam muitos conflitos. Nelas, existem os ataques pessoais e os linchamentos coletivos, sem falar daquela figurinha desgraçada que nos tira do sério ou daquele vídeo ou fala descontextualizados.
Tese 4. Como
eu me posiciono diante da diferença radical? Como posso lidar com a minha
singularidade, o que já não é simples, diante de relações assimétricas, em que
o outro não é o que eu gostaria que ele fosse e não me dá o que eu gostaria que
ele me desse? Não há um encaixe perfeito, nem da vida cotidiana nem na
política, mas alguma gestão disso é possível.
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