Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Cadê os filtros?

 Quando o ecossistema midiático muda, muda a política também, já que os políticos são perseguidores de multidões. Acho que sim, a tendência (de as redes sociais terem impacto nas eleições) pode se repetir.

As campanhas 2022 estão acontecendo nas redes, e estão piores do que as de 2018. É que agora não temos apenas os canais sociais do Facebook, do WhatsApp e do YouTube, mas também o Telegram, o TikTok e o Kwai. Na verdade, as campanhas estão acontecendo nestas plataformas de vídeos curtos e jogadas/assistidas naqueles. Não há espaço para pensar nem debater projetos, mas apenas consumir as campanhas no formato de entretenimento audiovisual com emoções – feito com uma fala tirada de contexto, o isolamento de uma expressão facial ruim, a falsificação de um instante, a criação de algo que nunca aconteceu, anúncios que insuflam a violência política e o descrédito no sistema eleitoral, etc.

As principais plataformas de entretenimento e comunicação pessoal em atividade no Brasil são terreno fértil para ameaças reais à democracia. Estamos na segunda eleição presidencial em que essas companhias pouco fazem pela seriedade e responsabilidade na política, isto é, pelo compromisso com os valores democráticos.

E o conteúdo dessas produções é uma tristeza. Em vez de debates de projetos temos é a pauta de costumes — com destaque para o discurso anti-pluralista, valores religiosos e de direita.

Enfim, os recursos da internet estão aí, somados com a inteligência artificial para fazer o jogo sujo da politicagem digital que une a falta de contexto ao consumo passivo da desinformação eleitoral. O que fizeram com os filtros? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário