Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

domingo, 14 de agosto de 2022

Crise identitária da Esquerda

Para onde vão as esquerdas convencionais?

O que é ser de esquerda hoje?

·       As esquerdas já não são mais aquelas. Abandonaram o discurso da luta de classes, cada vez menos gente combate o latifúndio improdutivo e defende a reforma agrária.

·       Mas o que passaram a ser? Apegam-se a programas (quase sempre vagos, embora justos, de horizonte limitado) de defesa de políticas de gênero, de combate ao racismo, de proteção aos índios, de promoção das minorias LGBTQI+.

·       Cada vez mais vêm aderindo a propostas de proteção socioambiental.

·       A vida sindical foi esvaziada pelo fim do imposto sindical previsto nas reformas do governo Michel Temer. Mas não só isso... Ocorreram transformações mais amplas, e outras que estão por vir, que exigem novos estatutos de proteção do trabalhador.

·       O interesse do proletariado enfrenta o impacto da revolução do mercado de trabalho. A grande difusão da tecnologia da informação e dos aplicativos digitais, acompanhada pela forte expansão do setor de serviços, ampliou os horizontes das ocupações autônomas. O objetivo do trabalhador parece cada vez menos o de obter um emprego formal, mas de viver por conta própria, sem patrão, com horários flexíveis e mais tempo para o lazer (o “empresário de si mesmo”). Essa transformação exige revisão das bases ideológicas que nortearam os programas de esquerda.

·       Os movimentos sindicais estão cada vez mais sujeitos a solavancos. No Brasil, por exemplo, as duas maiores categorias sindicais eram a dos bancários e a dos comerciários. Grande parte das operações bancárias passou a ser feita pelo celular e dispensou agências bancárias e funcionários do setor. O comércio eletrônico está reduzindo a necessidade de vendedores e de caixas no varejo.

·       As esquerdas vêm também se apegando a programas de redução da desigualdade, mais baseados na taxação dos mais ricos do que na transformação da sociedade e na criação de renda nacional. Deixam para segundo plano a luta contra a pobreza.

·       Os sucessivos governos de esquerda na América Latina vêm falhando na promoção do desenvolvimento. O progresso econômico e a superação da pobreza seguem estagnados.

·       Em política econômica, as esquerdas no poder oscilam entre adotar programas nacionalistas carregados de populismo, heterodoxia, mais força ao setor estatal e alguma atração a investimentos do setor privado.

Enfim, tão difícil como entender para onde vão as esquerdas convencionais é tentar entender o que é ser de esquerda hoje. A utopia da ditadura do proletariado foi bastante rejeitada. Qual é a saída? É lutar pelos princípios da social-democracia?

Nenhum comentário:

Postar um comentário