Jair e Lula decidiram pelo fim do Teto de Gastos. Por razões distintas, claro!
1. Bozo/Guedes: A economia cresce pela livre iniciativa privada, com
o Estado menor e sem nela intervir. Eles prometem ganhos via privatizações
(como o da Petrobras) e Reformas.
(a direita clássica sempre enfatizou o mérito – se as pessoas são pobres é porque não tiveram talento nem capacidade de avançar. Ou seja, os pobres não estão nas considerações finais).
2. Lula: a economia cresce com o Estado investindo no social. Tem a seu favor um horizonte de mais respeito às regras ambientais e jurídicas (o que favorece o investimento que terá uma luta público/privado).
(as pessoas são pobres porque não tiveram oportunidades. Por isso mesmo, precisam de uma “ajuda” para equiparar essa injustiça social e recuperarem o seu caminho).
Ou seja, tanto Jair quanto Lula têm uma ideia do que não querem. Uma grande certeza que é sinal de uma grande incerteza para as elites dos ramos financeiro, empresarial e da agroindústria do país. A certeza da incerteza.
CONCLUSÃO:
a essência da disputa política
brasileira hoje é o fato de cofres públicos ou não atenderem os interesses do
Mercado ou não conseguirem mais acomodar interesses segmentados e regionais.
Mas vai ficar como? As apostas são num “populismo moderado em 2023”: o cenário
para as contas públicas será praticamente o mesmo:
- rombo de cerca de R$ 200 bi acima do limite do teto
de gastos (com despesas como o Auxílio Brasil permanente a R$ 600);
- menos receitas com baixo crescimento;
- recuo da inflação (contas no vermelho);
Enfim, seja como for, o Orçamento precisa continuar
comprometido com despesas obrigatórias! E daí para mais investimentos no
público e no social!!!
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