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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Armas mais baratas.

Corrida Armamentista

Mais de 20 atos presidenciais que vêm facilitando a importação, a compra e a posse de armas do país... Seus decretos já fizeram o número de registro para armas de fogo crescer 473% no Brasil – hoje, são 605,3 mil pessoas com acesso a armamentos, mais que o efetivo de PMs no país e de militares da ativa das Forças Armadas.

 Em Estados, assembleias estão legislando sobre as armas. Agora querem reduzir ou isentar o ICMS para porte. Um Lobby escancarado, influenciado por Deputados.

Quais Deputados estaduais (os que têm origem nas polícias) então envolvidos nessa ideia de redução de impostos para compra de armas? O que os Deputados Federais e Estaduais estão fazendo com os Governadores para inserir esse tipo de política nos Estados?

É descabido o movimento para tentar reduzir ou isentar o ICMS cobrado sobre armas de fogo. Em 23 estados há projetos de lei debatidos em assembleia propondo redução ou o fim da alíquota. Quatro já transformaram a medida em lei. Em Alagoas (o pioneiro), Rondônia, Roraima e Rio Grande do Norte já foi aprovada legislação nesses termos para compra de armas por profissionais da segurança pública (policiais civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários e guardas municipais). Em Alagoas, também foram beneficiados os amadores do grupo conhecido por CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores).

Dos 35 projetos de lei existentes propondo a alteração da alíquota, 14 incluem essa categoria (os outros 21 são voltados para os profissionais da segurança pública acima citados). É uma vergonha baratear a compra de armamentos que contribuirão para piorar os já escandalosos índices de violência.

Pleitear a isenção de impostos para armas e uniformes de agentes de segurança não é uma demanda tão recente, em especial por parte de estados que sofrem com a falta de equipamentos. Todavia, a novida é a inclusão de CACs, categoria amplamente beneficiada na facilitação do acesso a armas de fogo e munições.

Armas são uma das bandeiras transloucadas do bolsonarismo. Desde 2019, o Governo Federal anunciou mais de 30 atos normativos entre decretos, portarias e resoluções para facilitar a compra, o registro, a posse e o porte de armas (um lobby armamentista). O número de registros de CACs disparou de 117 mil em 2018 para 605 mil. O “Proarmas” é um grupo de ativistas que defende armar a população, alimentado pelos bolsonaristas. O Grupo se inspira no NRA dos EUA que divulga a lista de candidatos simpáticos à causa. Todos defensores de que, não se tributa a liberdade de ter uma arma para defender a família (um argumento inconstitucional, com viés político). Com a filiação de cBozo ao PL, a legenda recebeu um influxo de parlamentares estaduais: saiu de 43 para mais de cem, tornando-se a maior bancada nos estados do RJ e SP. Um dos cabeças que lidera essa ideia é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que disse ser a missão de deputados estaduais entrar com projetos de lei para reduzir o ICMS sobre as armas. Ele é um do grandes defensores da expansão do armamento entre a população.

Enfim, mais umas vez, o lobby armamentista está direcionando o Estado para longe de onde o povo quer. Os estados deveriam discutir a melhoria da educação, do acesso à alimentação e ao trabalho. As armas, assim como o tabaco e o álcool, precisam ter um imposto diferenciado e legislação de difícil acesso pelas consequência que trazem à sociedade. Se essas leis alimentarem ainda mais os CACs de armas, cairemos nos problemas já conhecidos, como aumento da violência, desvio das armas para a criminalidade e ainda mais falta de controle do Exército.

Nós, eleitores contrários ao aumento da venda de pistolas, carabinas, fuzis e outros armamentos devemos fiscalizar e não votar nesses candidatos aos legislativos locais.

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