As mulheres representam quase 52% da população brasileira, e os negros mais de 56%. Do total de 27.667 candidaturas registradas, apenas 9.415 são de mulheres (34% do total) e 49,6% são de negros (48,8% de brancos). Em 21 dos 32 partidos, mais da metade dos candidatos serão negros (em 2018, eram 13 em 36).
CONCLUSÕES:
·
É a primeira eleição em que os
negros superam os brancos;
·
O número de mulheres candidatas
aumentou, mas ainda está aquém do ideal.
·
As legendas à esquerda apresentam
maior participação de negros entre os candidatos: PSOL (60,7%), União Popular
(60%) e PCdoB (58,7%). E também de mulheres: União Popular (68%), PCdoB (45%),
PSTU (41%) e PSOL (40%), bem acima dos 30% estabelecidos em Lei para disputar
cargos no Legislativo e destinar recursos do Fundo Eleitoral para elas.
· A entrada de indígenas na política também aumentou (mas ainda é baixa, 0,62% dos candidatos): foram 84 candidatos (ano de 2014); 134 candidatos (em 2018) e agora 175 candidatos (em 2022). As políticas contrárias aos interesses dos índios e da Amazônia, sobretudo no governo Bolsonaro, podem ter estimulado lideranças indígenas a se candidatar.
Enfim, as eleições de outubro de 2022 terão um número recorde de
candidaturas de negros, mulheres e indígenas. O aumento da diversidade na
política fortalece a democracia representativa brasileira. Embora os números
tenham aumentado, ainda estão aquém do tamanho da nossa pluralidade.
Entretanto, é um bom passo para superar a tradição do poder sempre reservado a
uma elite em sua quase totalidade branca e masculina.
- Desafio é o Congresso ter a cara da
sociedade.
- Deputados e Senadores (o Poder
Legislativo), fazem as leis que regem o País.
- O Senado traduz as demandas dos
Estados; a Câmara representa os interesses do Povo.
- A população elege seus representantes
para que eles façam aquilo que não podem fazer por si próprios.
- O papel do Parlamentar (papel complexo
e diversificado, que exige articulação Câmara/Senado/STF): viabilizar recursos
para sua base, participar da aprovação de Leis, sugerir fiscalizações do poder
Executivo...
- Para algumas Leis o Congresso dá a palavra final; outras, o Presidente da República precisa concordar.
- O STF é quem garante que a
Constituição Brasileira seja cumprida e respeitada (em meio ao jogo das
pressões políticas);
- Deve haver equilíbrio entre os 3
poderes.
- Logo, a Câmara é a “Casa da Representatividade”
(é a proporção que existe na composição dos espaços políticos, de grupos e de
interesses que compõem a sociedade, precisando espelhar e pluralidade da
sociedade).
- 54% da população brasileira é formada por negros e 51% por mulheres. Mas, na atual composição do Congresso (Câmara e Senado), temos:
37 x 180:Mulher como quebra galho nessas eleições de 2022.
- Em
2018, foi instituída a cota feminina no Fundo Eleitoral de 30% para mulheres, e
que virou Emenda Constitucional pelo STF neste ano. Mas, são as legendas que
definem a distribuição, e aí a verba muitas vezes acaba sendo direcionada a
chapas encabeçadas por homens.
- Elas
são 53% do eleitorado brasileiro.
- É a
maior representação feminina na disputa por governos estaduais ou distrital
(52% ou 122 das 217 chapas pelo Executivo estadual), mas a maioria é vice (85
ou 39%). Elas só encabeçam a candidatura em 17% dos casos (37 candidatas a
governadoras nos 26 estados e no DF x 180 candidatos). Ou seja, homens ainda são 8 em 10 cabeças de chapa.
- Num país plural como o Brasil, se um
grupo não está chegando ao Poder, nem está conseguindo ser ouvido, significa
que essa “Democracia” não está sendo o plural suficiente.
- O poder público deveria estar fazendo
mais por nós!
Enfim, a diversidade brasileira precisa ocupar o seu lugar da/na representatividade.
2. Mulheres e indígenas buscam mais representatividade na política
·
Um levantamento
preliminar mostra que houve um aumento de candidatos que se autodeclararam
indígenas: neste ano serão 173, pouco mais do que o dobro registrado em 2014.
Ainda de acordo com os números do TSE, este ano serão 9.353 mulheres candidatas
a cargos públicos, índice superior ao registrado nas eleições de 2018 e nas
eleições de 2014.
3. Eleições 2022: Negros e LGBTQIA+ buscam por maior representatividade na política brasileira.
Nas últimas eleições, em 2018, quase 48% dos candidatos que concorreram eram negros. Apenas 28% foram eleitos. Hoje no Congresso, negros e negras ocupam 24,16% das cadeiras na Câmara e 22% das cadeiras no Senado. No Legislativo brasileiro existem apenas 5 parlamentares autodeclarados gays entre 594 deputados e senadores. Igualdade e diversidade na hora do voto podem fazer da política um ambiente mais democrático.
4. A importância do voto de cada eleitor na urna.
Todos nós, mesmo sendo iguais do ponto de vista legal, somos diferentes por escolhas e preferência. E essas diferenças não é algo ruim, mas positivo.
Não existe democracia sem representação e pluralidade. Sentimento comum a todos os brasileiros. Quem vota espera resultados e identificação. É preciso levar as escolhas muito a sério! Democracia se faz com diversidade.
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