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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

A representatividade na política 2022.

As mulheres representam quase 52% da população brasileira, e os negros mais de 56%. Do total de 27.667 candidaturas registradas, apenas 9.415 são de mulheres (34% do total) e 49,6% são de negros (48,8% de brancos). Em 21 dos 32 partidos, mais da metade dos candidatos serão negros (em 2018, eram 13 em 36).

CONCLUSÕES:

·       É a primeira eleição em que os negros superam os brancos;

·       O número de mulheres candidatas aumentou, mas ainda está aquém do ideal.

·       As legendas à esquerda apresentam maior participação de negros entre os candidatos: PSOL (60,7%), União Popular (60%) e PCdoB (58,7%). E também de mulheres: União Popular (68%), PCdoB (45%), PSTU (41%) e PSOL (40%), bem acima dos 30% estabelecidos em Lei para disputar cargos no Legislativo e destinar recursos do Fundo Eleitoral para elas.

·       A entrada de indígenas na política também aumentou (mas ainda é baixa, 0,62% dos candidatos): foram 84 candidatos (ano de 2014); 134 candidatos (em 2018) e agora 175 candidatos (em 2022). As políticas contrárias aos interesses dos índios e da Amazônia, sobretudo no governo Bolsonaro, podem ter estimulado lideranças indígenas a se candidatar.

Enfim, as eleições de outubro de 2022 terão um número recorde de candidaturas de negros, mulheres e indígenas. O aumento da diversidade na política fortalece a democracia representativa brasileira. Embora os números tenham aumentado, ainda estão aquém do tamanho da nossa pluralidade. Entretanto, é um bom passo para superar a tradição do poder sempre reservado a uma elite em sua quase totalidade branca e masculina. 


1.     Como está a atual composição no Congresso Nacional?

- Desafio é o Congresso ter a cara da sociedade.

- Deputados e Senadores (o Poder Legislativo), fazem as leis que regem o País.

- O Senado traduz as demandas dos Estados; a Câmara representa os interesses do Povo.

- A população elege seus representantes para que eles façam aquilo que não podem fazer por si próprios.

- O papel do Parlamentar (papel complexo e diversificado, que exige articulação Câmara/Senado/STF): viabilizar recursos para sua base, participar da aprovação de Leis, sugerir fiscalizações do poder Executivo...

- Para algumas Leis o Congresso dá a palavra final; outras, o Presidente da República precisa concordar.

- O STF é quem garante que a Constituição Brasileira seja cumprida e respeitada (em meio ao jogo das pressões políticas);

- Deve haver equilíbrio entre os 3 poderes.

- Logo, a Câmara é a “Casa da Representatividade” (é a proporção que existe na composição dos espaços políticos, de grupos e de interesses que compõem a sociedade, precisando espelhar e pluralidade da sociedade).

- 54% da população brasileira é formada por negros e 51% por mulheres. Mas, na atual composição do Congresso (Câmara e Senado), temos:




37 x 180:Mulher como quebra galho nessas eleições de 2022.  

- Em 2018, foi instituída a cota feminina no Fundo Eleitoral de 30% para mulheres, e que virou Emenda Constitucional pelo STF neste ano. Mas, são as legendas que definem a distribuição, e aí a verba muitas vezes acaba sendo direcionada a chapas encabeçadas por homens.

- Elas são 53% do eleitorado brasileiro.

- É a maior representação feminina na disputa por governos estaduais ou distrital (52% ou 122 das 217 chapas pelo Executivo estadual), mas a maioria é vice (85 ou 39%). Elas só encabeçam a candidatura em 17% dos casos (37 candidatas a governadoras nos 26 estados e no DF x 180 candidatos). Ou seja, homens ainda são 8 em 10 cabeças de chapa. 

- Num país plural como o Brasil, se um grupo não está chegando ao Poder, nem está conseguindo ser ouvido, significa que essa “Democracia” não está sendo o plural suficiente.

- O poder público deveria estar fazendo mais por nós! 

Enfim, a diversidade brasileira precisa ocupar o seu lugar da/na representatividade. 



2. Mulheres e indígenas buscam mais representatividade na política

·        Um levantamento preliminar mostra que houve um aumento de candidatos que se autodeclararam indígenas: neste ano serão 173, pouco mais do que o dobro registrado em 2014. Ainda de acordo com os números do TSE, este ano serão 9.353 mulheres candidatas a cargos públicos, índice superior ao registrado nas eleições de 2018 e nas eleições de 2014.




3.    Eleições 2022: Negros e LGBTQIA+ buscam por maior representatividade na política brasileira.

Nas últimas eleições, em 2018, quase 48% dos candidatos que concorreram eram negros. Apenas 28% foram eleitos. Hoje no Congresso, negros e negras ocupam 24,16% das cadeiras na Câmara e 22% das cadeiras no Senado. No Legislativo brasileiro existem apenas 5 parlamentares autodeclarados gays entre 594 deputados e senadores. Igualdade e diversidade na hora do voto podem fazer da política um ambiente mais democrático. 



4. A importância do voto de cada eleitor na urna.

Todos nós, mesmo sendo iguais do ponto de vista legal, somos diferentes por escolhas e preferência. E essas diferenças não é algo ruim, mas positivo. 

Não existe democracia sem representação e pluralidade. Sentimento comum a todos os brasileiros. Quem vota espera resultados e identificação. É preciso levar as escolhas muito a sério! Democracia se faz com diversidade. 

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