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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 13 de julho de 2021

Relatório FAO 2021

O estado da insegurança alimentar e nutrição no mundo.

Indicador: prevalência de insegurança alimentar.


Aumenta a população que passa fome por causa da pandemia (?). Fonte: FAO.

·         10% da população global ou 768 milhões de pessoas passaram fome em 2020 (é um aumento de +118 milhões em relação a 2019).

·         A pandemia provocou restrições brutais e prejudicou o acesso aos alimentos.

·         2,3 bilhões de pessoas não tiveram alimentação adequada durante todo o ano de 2020!

·         A prevalência de insegurança alimentar, moderada ou grave saltou em 1 ano, tanto quanto os 5 anos anteriores somados!

·         As crianças pagaram um preço alto: em 2020, foram 149 milhões de crianças menores de 5 anos que sofriam de atraso no crescimento

·         Aqui no Brasil, os hábitos alimentares, 49% dos brasileiros afirmaram que os hábitos alimentares mudaram durante a pandemia. Esse número sobe para 58% em famílias com crianças e adolescentes abaixo dos 17 anos. Desnutrição no Brasil: 60% dos lares nacionais têm algum grau de insegurança alimentar.

·         Há desigualdade na qualidade das dietas no Brasil. Pessoas mais pobres, as que perderam os empregos, e moradores do Nordeste, relataram um aumento no consumo de alimentos processados em lugar dos produtos frescos.

·         É necessário promover políticas para uma dieta saudável, e apara amparar as populações mais vulneráveis. É preciso também um esforço enorme para que o mundo possa cumprir a promessa de acabar com a fome até 2030. 

·         Um décimo da população global – até 811 milhões de pessoas – enfrentaram a fome no ano passado.

·         No geral, mais de 2,3 bilhões de pessoas (ou 30% da população global) não tinham acesso a alimentação adequada durante todo o ano: esse indicador – conhecido como prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave – saltou em um ano tanto quanto nos cinco anos anteriores combinados.

·         A desigualdade de gênero se aprofundou: para cada 10 homens com insegurança alimentar, havia 11 mulheres com insegurança alimentar em 2020 (comparados a 10,6 em 2019). Quase um terço das mulheres em idade reprodutiva sofre de anemia.

·         A má nutrição persistiu em todas as suas formas, com as crianças pagando um preço alto: em 2020, estima-se que mais de 149 milhões de crianças menores de 5 anos sofriam de desnutrição crônica, ou eram muito baixas para sua idade; mais de 45 milhões tinham desnutrição aguda, ou eram muito magras para sua altura; e quase 39 milhões estavam acima do peso.

·         A alimentação saudável permaneceu inacessível para três bilhões de adultos e crianças, em grande parte devido ao alto custo dos alimentos.


Uma criança ou um adulto que se alimentam mal ou que se alimentam de forma insuficiente terão impactos muito amplos e muito profundos em sua saúde: na sua imunidade, capacidade de cicatrizar feridas, capacidade de força física, motora, de coordenação, aprendizagem, de empregabilidade... Tudo isso gera um profundo custo para a sociedade, pois esse déficit, seja ele qual for, pode se transmitir inclusive à sua prole.

 

Os principais determinantes da insegurança alimentar:

1.      Lutando contra a alta desigualdade.

2.      A pandemia que provocou ou aprofundou recessões brutais.

3.      Nações afetadas por conflitos.

4.      Extremos climáticos.

5.      Recessões econômicas.

O que pode ser feito? "caminhos de transformação":

1.      Combatam a pobreza e as desigualdades estruturais – por exemplo, estimulando cadeias de valor de alimentos em comunidades pobres por meio de transferências de tecnologia e programas de certificação;

2.      transformar os sistemas alimentares é essencial para alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e colocar dietas saudáveis ao alcance de todos.

3.      um "conjunto coerente de políticas e investimentos" para combater os determinantes da fome e da má nutrição.

4.      Integrem políticas humanitárias, de desenvolvimento e de consolidação da paz em áreas de conflito – por exemplo, por meio de medidas de proteção social para evitar que as famílias vendam bens escassos em troca de alimentos;

5.      Aumentem a resiliência climática em todos os sistemas alimentares – por exemplo, oferecendo aos pequenos agricultores amplo acesso a seguro contra riscos climáticos e financiamento baseado em previsões;

6.      Fortaleçam a resiliência dos mais vulneráveis à adversidade econômica – por exemplo, por meio de programas em espécie ou de apoio em dinheiro para diminuir o impacto de choques do tipo pandêmico ou volatilidade dos preços dos alimentos;

7.      Intervenham ao longo das cadeias de abastecimento para reduzir o custo de alimentos nutritivos – por exemplo, incentivando o plantio de safras biofortificadas ou facilitando o acesso dos produtores de frutas e vegetais aos mercados;

8.      Fortaleçam os ambientes alimentares e mudem o comportamento do consumidor – por exemplo, eliminando as gorduras trans industriais e reduzindo o teor de sal e açúcar no abastecimento alimentar, ou protegendo as crianças do impacto negativo do marketing alimentar.

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