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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sábado, 28 de agosto de 2021

O retrocesso da Política Nacional de Educação Especial no governo Bolsonaro.

 Inclusão x Escolas Especiais...

Mais de +17 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência (8,4% da população com 2 anos ou mais). Em 2019, eram 67,6% dessa população com 18 anos ou mais que não possuíam instrução ou não completaram o ensino fundamental.

Enquanto isso, há uma ameaça à Educação Inclusiva no Brasil. A nova “Política Nacional de Educação Especial”, assinada por Bolsonaro no ano passado, pode tornar mais difícil a convivência (amizade e integração) de alunos com e sem deficiência. O Decreto inclui escolas especiais como uma opção para a educação de alunos com deficiência. Esse Decreto estimula a criação e a matrícula em escolas especializadas para pessoas com deficiência, ou seja, traz exclusão disfarçada de proteção para aqueles que defendem que as escolas especiais são uma realidade e uma necessidade, cabendo a escolha ser da família. 

Essa ideia de cada um no seu quadrado segrega as pessoas com deficiência, que já sofrem com a exclusão e a falta de acessibilidade na vida cotidiana. Sem fundamento pedagógico e nem crença na conquista da independência dessas pessoas, prevalece outra vez a limitada visão assistencialista. Isso é muito negativo, pois o que faz sentido pedagógico é todos poderem aprender juntos, com equipes bem capacitadas e apoio à escola. 

É preciso não só acreditar na inclusão nas escolas comuns como investir para que isso de fato aconteça. Afinal, apenas 5,8% dos professores da rede pública do Brasil têm algum tipo de especialização em Educação Especial. Inclusão tem que acontecer com responsabilidade e políticas públicas. Isso já vinha avançando desde 2008, mas agora impacta nessas novas ideias de separação e retrocesso. 





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