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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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terça-feira, 25 de maio de 2021

A privatização da Eletrobrás à moda do Centrão.


A privatização da Eletrobrás virará reserva de mercado para grupos específicos, sob o falso discurso de aumento da competição (quando na verdade se quer é maior controle e restrição).
 
Se a Eletrobrás for privatizada, pagaremos uma conta de energia quase 3 x mais alta do que a atual. Nossa principal fonte hidrelétrica cederá espaço para termelétricas, que além de ser muito ruim para nós consumidores é também muito prejudicial para o meio ambiente. Enfim, serão socializados os custos e privatizados os benefícios. A quem interessa esse projeto? Aos produtores de gás, os investidores em termelétricas e redes de gasodutos, os donos de centrais hidrelétricas, as bancadas regionais (como Furnas e Chesf).
 
Atenções focadas na CPI da Covid-19 e preocupações voltadas para a nova Cepa Indiana do vírus que apareceu no país pelo Maranhão, temos outro problema sério: a tentativa de privatizar a Eletrobras até dia 22 de junho.
 
A Câmara já aprovou por 313 x 166 votos a MP que abre caminho para a capitalização da maior estatal do setor elétrico (são 134 usinas de geração de energia e quase 71 mil quilômetros de linhas de transmissão, o suficiente para dar uma volta completa no planeta)! A oposição bem que tentou acionar o STF para tentar impedir a votação, pedindo que antes a proposta passasse por uma comissão (mas o pedido foi negado). Isso mostra a conivência do judiciário aos interesses da equipe econômica do Guedes em empurrar as privatizações de qualquer jeito.
 
O fato está contextualizado no cenário das campanhas eleitorais 2022 de Bolsonaro, pois há uma série de barganhas com Deputados e Senadores que pedem concessões, em média, R$ 9 bilhões em obras, como revitalização de bacias hidrográficas e outras promessas para os seus currais eleitorais. Recursos futuros serão desviados para uma nova estatal criada pelo Governo, bancar gasodutos novos atravessando o país e ativar outras fontes, inclusive termelétricas (cara e suja) e eólicas.  
 

Atualmente, a União possui cerca de 60% das ações da Eletrobras, e controla a estatal. Se rolar a capitalização, o Governo deverá reduzir sua participação na empresa para 45%. Com isso, a meta do Governo é arrecadar R$ 50 bilhões – metade disso para o Tesouro Nacional e a outra metade para um super fundo que será rateado por todo mundo.
 
O setor elétrico é o mais pulverizado em seus lobbys, pois são em torno de 30 diferentes associações ligadas a ele. Do jeito que ficou, essa capitalização levará o setor elétrico de volta para o passado. Os custos para o meio ambiente serão altos, pois os impactos ambientais com as termelétricas são gigantescos.
 
A União será obrigada a comprar energia de termelétricas a gás de regiões onde não há infraestrutura e de pequenas centrais hidrelétricas, que respondem por 65% da geração de energia para todo o país (a queima de carvão, petróleo e gás além de mais poluente é mais cara). Nós consumidores temos uma conta razoavelmente acessível graças a essa fonte renovável das hidrelétricas, mas com essa proposta de privatização, tornando-a mais atrativa com a compensação das termelétricas, vendendo nossa atual energia mais barata. Essa exigência vai gerar um custo aproximado de mais de R$ 20 bilhões ao ano para os consumidores. A bandeira vermelha vai encarecer as contas de luz até que o nível dos reservatórios voltem a subir.
 
O consumidor já sente no bolso o custo de ter os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste em níveis historicamente baixos. Colocar a Petrobras nesse Plano Nacional de Desestatização é aprovar um impacto para o setor elétrico e para o conjunto dos brasileiros, que acabarão pagando a conta quase 3x mais alta do que a atual.
 

Enfim, retirar do consumidor de energia elétrica os recursos financeiros que poderiam ser utilizados para baratear tarifa, reduz a competitividade da economia como um todo. Afinal, vai encarecer os produtos industriais e os serviços. Além e social é ambientalmente injusto.



O Governo Federal emitiu um alerta de crise hídrica para 05 estados da Bacia do rio Paraná que sustenta alguns dos principais reservatórios do país. E a primeira consequência disso vai chegar no bolso do consumidor em Junho. A ANEEL, que é a Agência do setor, decidiu que a conta de luz ficará mais cara. 

Decreto baixado por Bolsonaro regulamenta leilões para contratação de usinas de geração de energia com o objetivo declarado de tentar melhorar a segurança do Sistema Nacional. De acordo com o Decreto, os custos dessas contratações serão pagos pelos consumidores. 

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