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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Pobres morrem mais de Covid-19.

 Eles não têm a opção de fazer quarentena. Ou partem para a sobrevivência ou morrem de fome! Assim, atrás de renda e sem home office, eles se contaminam e morrem mais de Covid-19. E é assim que os pobres desafiam às ruas o pão de cada dia.

Muito poucos das classes D e E tiveram a opção de se proteger; na A/B, quase 1/3 encontrou opção. Ou seja, os mais ricos e escolarizados no Brasil puderam se proteger bem mais que as pessoas de menor renda e pouca educação.

Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e São Paulo foram os estados mais afetados pela pandemia em termos de queda na ocupação. Na média, a taxa caiu 9,5% no Brasil em 2020, mas ela chegou a ceder 14,3% no Rio e 11,3% em São Paulo.

Estudos apontam que áreas pobres no país e bairros da periferia de São Paulo chegaram a ter três vezes mais mortes causadas pelo coronavírus do que outras regiões.
 
Quem menos pôde alterar o local e a forma de trabalho (indo para Home Office)?
 
·         Classes A/B: (renda domiciliar superior a R$ 8.303).
- 28% puderam alterar o local de trabalho durante a pandemia.
- Entre as profissões mais intelectualizadas, 44% alteram o local de trabalho.
- 95% têm computador em casa.
- onde estão os empregadores, trabalhadores da ciência ou intelectuais, dirigentes e funcionários públicos.
- 34% dos que têm ensino superior alteraram o local de trabalho.

·         Classe C: (que ganhou destaque nos anos 2000 e tem renda entre R$ 1.926 e R$ 8.303).
- somente 10,3% fizeram isso.
- A taxa cai para 8% entre os com ensino médio completo, que puderam alterar o local de trabalho.

·         Classe D/E: (renda até R$ 1.926).
- apenas cerca de 7,5% tiveram essa opção.
- estão principalmente os ocupados no setor de serviços, como funcionários de supermercados, vendedores e frentistas de postos.
- Quase 95% deles continuaram trabalhando no mesmo local na pandemia.
- Agora, no pior momento da pandemia no Brasil, não só o total de beneficiários do Auxílio Emergencial será muito menor como os valores foram reduzidos drasticamente.
- No ano passado, o benefício foi pago entre abril e dezembro (R$ 600 ao mês inicialmente, e depois R$ 300, a 66 milhões de pessoas), com R$ 293 bilhões empregados. A nova rodada (de R$ 250, em média, a 45,6 milhões) está prevista para durar apenas quatro meses e somar R$ 44 bilhões —​15% do total de 2020.​
- e a 6,6% entre os que têm apenas o fundamental puderam alterar o local de trabalho.
- nos distritos em que mais de 10% da população tem renda per capita menor que R$ 275, morreram 70% mais pessoas de Covid-19 que nas regiões mais ricas.
- As áreas com maior percentual de moradias precárias tiveram 53% mais óbitos.
- Em casas com mais de três pessoas por cômodo, a taxa de mortalidade foi mais que o dobro na comparação com domicílios menos densos.
- 79,6% dos óbitos registrados na cidade do Rio de Janeiro ocorreram nas áreas mais pobres —tanto pela saúde deficiente nessas regiões quanto pelas condições socioeconômicas precárias dos infectados.
- Não é só covid. Os pobres morrem mais de infarto, de derrame, de diabetes, de septicemia, de apendicite e pneumonia, para citar algumas patologias mais conhecidas. A pior doença no Brasil é a pobreza.

·         O jovem de elite já entra na faculdade sabendo programação. Sabe operar computador e teoria básica de ciência da computação. Quem for capaz de comprar um para o filho, que compre com salário de peão. Quem for capaz de fugir da privação cultural, que estude por osmose olhando propaganda. Quem conseguir acompanhar a moda de consumo dos nerds de elite, que se aculture e monte o próprio networking. Logo o preço do computador novo volta para 5000,00.

·         Transformando fatos em narrativas e narrativas em fatos.

·         Jogaram os mais pobres numa situação de miséria, sem poderem trabalhar, e agora vêm com essa versão: morrem mais de Covid. Vocês têm mesmo que se defenderem e sustentar seus pontos de vista, não é mesmo?

·         Para ter razão tem que ter compaixão e senso crítico, e coração e cérebro.

·         Bolsonaro teve razão? Quem jogou a população numa situação de miséria? Quem demorou a tomar providências em relação à vacina? Quem reduziu o auxílio jogando os miseráveis na rua em 2021? Ah, tenha paciência.

·         Interessante ver como as constatações mais óbvias são usadas pra validar condutas nefastas e atacar os oponentes. É óbvio que um caixa de supermercado, um cobrador de ônibus jamais iriam pra Home Office. O que poderia de fato ter mudado o curso do desastre que levará mais de 400 mil vidas? Um presidente sério, que fizesse um pronunciamento à nação dizendo a seriedade do que enfrentaríamos (que já podia ser visto na Europa). Uma campanha em massa pra alertar a população do perigo da doença.

·         Jogaram os mais pobres numa situação de miséria, sem poderem trabalhar, e agora vêm com essa versão: morrem mais de Covid. Vocês têm mesmo que se defenderem e sustentar seus pontos de vista, não é mesmo? Bolsonaro sempre teve razão.

·         Alguém precisa fazer o trabalho braçal ou manual em campo. O outro fica no administrativo, na supervisão. É assimétrico.

·         Só o proprio gadopobre nao vê isso. É intencional o abandono. Quem deveria cuidar do povo o abandona a própria sorte. Foragenocida!

·         Só tem um jeito: Acorda Brasil, fora imbecil!

·         E teleguiados batem palminhas!





 

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