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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sábado, 16 de janeiro de 2021

O original e As variantes

Uma questão biológica, e várias questões outras (ambiental, social, política e cultural).

 Fora a irresponsabilidade de governos e população, e as teorias da conspiração, considerando apenas o fator biológico, quando um vírus amplia seu poder de transmissão é porque ele está sofrendo mutações genéticas positivas ao se multiplicar. O sentido da evolução de qualquer espécie é PERSISTIR, ou seja, possuir mais habilidades de passar os seus genes adiante.

 Um vírus se espalha fazendo cópias idênticas de si mesmo. Só que, às vezes, essas xerox não saem exatamente iguais à do original – e é assim que acontece uma MUTAÇÃO boa ou ruim – um mecanismo naturalmente inteligente ou burro da Natureza. O que isso significa? Quanto mais pessoas o coronavírus conseguir infectar, mais chance ele terá de se reproduzir e, portanto, de aparecer um vírus mutante na prole, burro ou esperto.

 Seria, então, a alta capacidade de transmissão uma das possíveis habilidades mutantes e inteligentes, desenvolvida pelo vírus, para PERSISTIR. É como se ele dissesse: “quanto mais transmissível eu for, mais vou espalhar meus genes por aí e surpreender”. Então, ele só precisa ganhar boas condições para se multiplicar e se rebelar.

 Nessa lógica, a ciência tem informado que, desde que a primeira versão do SARS-CoV-2 apareceu na China, os cientistas já listaram cerca de 800 variantes em todo o mundo! Mas, pelo menos 03 linhagens dele até agora ganharam uma atenção especial em três lugares estratégicos:

Depois que o novo Coronavírus começou a se espalhar em Wuhan, ele sofre na média 02 mutações por semana. Felizmente a maioria é irrelevante, só que outras sim, tem a capacidade de tornar o vírus mais transmissível. As mutações não têm relação entre si, mas conferem habilidades parecidas ao vírus. É o processo conhecido como EVOLUÇÃO CONVERGENTE (da mesma forma que pássaros e morcegos desenvolveram, cada um à sua maneira, asas para voar). Mas, muitos países voam às cegas. Os EUA, por exemplo, só conduzem uma fração dos estudos genômicos necessários. O SISTEMA DE VIGILÂNCIA MUNDIAL TAMBÉM PRECISA DE UMA TRANSFORMAÇÃO RÁPIDA! Precisa de um bom DETETIVE VIRAL, pois é a partir do código genético do vírus que o pesquisador consegue detectar: 

a) quem é esse assassino?

b) por onde ele andou?

c) onde mata?

d) e os novos disfarces?

Porém, o fator genético não é o único capítulo da história. Há, também, a questão ambiental. Quando as condições ambientais forem favoráveis, o vírus se dar muito bem. Logo, se há aglomeração e as pessoas ainda não usam máscara e nem higienizam as mãos, as CONDIÇÕES DO MEIO ESTARÃO FAVORÁVEIS AO VÍRUS – ele nem precisa sofrer uma mutação para mandar no pedaço!

 CONCLUSÃO: Quando freamos a disseminação do vírus, também diminuímos as chances dele sofrer mutações naturais durante sua multiplicação. Há um fator biológico nessa história, mas também há vários fatores culturais, políticos e sociais: quanto mais o Governo for incompetente, quanto mais a vacina demorar, quanto menos a população levar a sério as medidas de proteção e os recursos públicos findarem... Mais o vírus terá condições ambientais para mostrar do que ele é capaz – com ou sem mutação! 




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