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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

As 13 teses de Bolsonaro


Bolsonaro ainda está em lua de mel com o eleitorado. Mas, até quando? Eleito com 55,2 milhões de votos, a positiva opinião pública foi balançada no primeiro mês no poder com as movimentações financeiras suspeitas de seu filho e senador eleito, Flávio Bolsonaro. Justo um Governo Eleito com um estridente discurso de combate à corrupção.

A principal trincheira comunicacional do clã Bolsonaro são as redes sociais. Então, são delas que vêm o (des)sabor das opiniões da massa – opositores agitados e apoiadores com mal-estar fizeram as menções negativas superarem as positivas sobre o novo ocupante do Planalto.

Então, como anda a inserção do bolsonarismo na sociedade? Vamos resumir e recordar as 13 principais teses defendidas pelo presidente nos seus discursos e o apreço da opinião pública:


Com base nelas, podemos repartir três grupos de bolsonaristas:

1.      heavy (ou intensos, são os que concordam com pelo menos 9 das 13 teses e representam 14% da população brasileira,);
2.      Medium (ou medianos, concordam com 5 a 8 teses e representam 55% da população) e;
3.      Light (ou leves, são os 31% da população que defendem no máximo 4 teses do presidente).

INTERPRETAÇÃO:

·         A maioria da população rejeita a maior parte dos temas. Isso pode dar um descompasso entre o representante e seus representados. O Brasil é conservador, mas há tópicos da agenda que são bastante questionáveis e pouco factíveis.
·         A principal atitude do presidente até agora foi o decreto das armas, mas os brasileiros não concordam com essa liberação, 68% discordam dela. Então Bolsonaro está priorizando nas primeiras semanas uma agenda que é a dos seus eleitores mais fiéis, que são 14% (os heavy), e se esquecendo das maiorias (Medium e Light).
·         A população ficou muito mal informada durante a campanha porque o programa do presidente era sucinto, com muitos chavões que não aprofundavam os temas. Não é de se surpreender que a agenda atual do presidente não esteja alinhada com a opinião pública.
·         Em três semanas de mandato, além da facilitação do acesso às armas e do combate ao que chama de "doutrinação marxista nas escolas", Bolsonaro pouco falou sobre saúde, área considerada prioritária por 40% dos brasileiros e que enfrenta hoje o desafio de preencher mais de 1.400 vagas deixadas pelos cubanos do Programa Mais Médicos.

A FAVOR:

CONTRA:
- o otimismo recorde da população em relação à situação econômica.
- a boa popularidade e a "lua de mel" com o Congresso Nacional, comum nos primeiros meses de mandato.

- falta consenso na maioria do eleitorado em torno das propostas mais controversas do novo presidente.
DUVIDOSO

- Bolsonaro lidará com um Congresso bastante renovado, onde os partidos tradicionais perdem forças e ganham espaço parlamentares de primeira viagem. Nada menos do que 102 políticos eleitos para a Câmara assumem na semana que vem seu primeiro mandato na vida pública enquanto 147 assumem pela primeira vez o posto de deputado federal. Juntos, representam quase a metade das vagas da Casa (e isso pode ser um bem ou um mal). Além do mais, o Governo tem sinalizado por um diálogo com as bancadas temáticas e não mais com os partidos políticos, o que retira poder das lideranças partidárias.
- DR's   muito tensas! Como serão as relações políticas neste ano de 2019?
A) O Poder Executivo costuma ter mais força que o Legislativo quando ele é preponderado por novatos. A gente tem que ver como a pressão do Executivo vai se dar.
B) O novo Congresso será marcado por representantes de ideias mais "extremas" de direita e de esquerda.
C) Há candidaturas coletivas bem sucedidas com pautas mais progressistas, de esquerda. E temos uma direita com mais militares, religiosos e pessoas com perfil mais conservador. Isso certamente vai ter impacto na forma que o Congresso vai lidar com o presidente.



Resta apenas uma saída de sobrevivência ao novo Governo: a área econômica. Embora ainda não tenha anunciado nenhuma medida econômica de impacto, é justamente na seara econômica que a relação do Governo com a opinião pública e com o próprio Congresso vai se definir.  Logo, a  economia é o que vai preponderar. Portanto, vai ter problemas para lidar com questões como a reforma trabalhista, a reforma da Previdência, as privatizações. A população está mais atenta ao tamanho do Estado e ao que ele se propôs a fazer, que é reduzir o gasto público.

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