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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Estratégia quase suicida: o que tivemos foi o bloqueio da reprodução material da vida.


A paralisação dos caminhoneiros dos últimos dias, que tomou as estradas para expressar as mais difusas insatisfações com o governo e o estado de coisas, serviu para algo – demonstrar que o descontentamento com o sistema político e a condução do país é ainda mais intenso do que antes.

Os dez dias de greve de caminhoneiros levaram ao desabastecimento do país e ao colapso da gestão Michel Temer (MDB). O sofrimento social causado pelos anos de recessão econômica e a quebra de expectativa de que o país melhorasse com a saída de Dilma Rousseff (PT), o que não aconteceu, uniram a população em torno da pauta dos caminhoneiros. Mas, o que de fato a população queria provar? Que pode “desligar os aparelhos do governo”.

A sociedade atentou contra a própria sobrevivência. Ela aceitou o próprio sufocamento para demonstrar revolta contra o sistema político. O que tivemos ameaçou o abastecimento, a produção, a circulação. Vimos a sociedade ameaçando o sistema político de sufocamento. Mas não é um sufocamento do sistema político, é um sufocamento da própria sociedade, que é quem vai ficar sem alimento, sem remédio, sem circulação, sem emprego. Ainda assim, a sociedade resolveu que a única maneira de dizer para o sistema político o quão insuportável está o sofrimento aqui embaixo é sufocando a nós mesmos, até o limite do estrangulamento.

Chegamos ao ponto em que a sociedade aceitou uma coisa absurda, o limite de seu próprio sufocamento para demonstrar a revolta que sente em relação ao sistema político. O governo já acabou, o ponto é saber se Temer chega ao final do mandato. Se depender da grande mídia, sim! Se depender da gente, talvez! Afinal, quem melhor iria substitui-lo nesse curto período de tempo da corrida eleitoral? O clima em que acontecerão as eleições presidenciais, em outubro, depende da construção de um pacto entre as forças políticas que promova alguma estabilidade no país até o fim do ano.
Neilton Lima
Coordenador Pedagógico Escolar

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