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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quinta-feira, 31 de maio de 2018

O mercado continua no poder.


As contradições já existentes se acentuaram e outras surgem (surgirão?) como consequência da crise...

Caso a crise dos últimos dias tivesse surtido algum efeito, seria mais provável a saída de Michel Temer da presidência do país do que a saída de Pedro Parente do poder da Petrobras. Tratou-se de uma disputa pelo espólio econômico do Estado e, em segundo lugar, de uma disputa pela direção política do projeto golpista vigente.

Vamos seguir com o alto preço dos combustíveis (a vida cotidiana, como gás e gasolina, simplesmente permanecem como estão, com aumentos permanentes), uma crise econômica acirrada, a política de austeridade liderada pelo projeto neoliberal de Temer, uma base de apoio ainda firmada na burguesia interna e o capital financeiro no comando.

Continua em aberto o espaço que pode ser ocupado pelos setores progressistas. Quem vai pagar a conta desse acordo em que o governo se comprometeu, de modo escandaloso, a continuar drenando riqueza nacional para o capital financeiro? E os impactos das perdas bilionárias oriundas da paralisação?

Um detalhe me chamou a atenção: o comportamento dos militares e setores de segurança. Estes claramente fizeram jogo duplo. Apesar dos anúncios bombásticos do uso da força pelo governo, em muitos lugares foi visível, literalmente, o apoio das forças de segurança. A demora do alto comando das Forças Armadas em negar de modo firme os pedidos de intervenção militar também ficou visível. Entretanto, não se consegue definir se há um apoio amplo em toda a hierarquia ou se é difuso e com mais peso nos setores de patente baixa. Ainda que componham com o governo, também flertaram com o golpismo, fizeram seu teste de até onde possuem apoio popular. As forças militares se consolidaram como força política e com potencial para se tornar um “poder moderador” dos demais poderes da República. Não fazem questão de esconder sua falta de apreço com este governo. Porém, também parece que não querem se arriscar numa aventura golpista.

Enfim, não há respeito ao povo, à nação, aos trabalhadores, nem a democracia. Agora, resta outro cenário de disputa – as eleições de 2018. A política nos salvará? O que você espera do povo? Todas as fichas de desestabilização serão apostadas pelos setores de direita no processo eleitoral para que legitime a força econômica atual.

Para onde vamos? Sem dúvida a conjuntura foi alterada, forças sociais entraram em cena. As eleições de outubro ainda permanecem uma incógnita, o ponto central segue sendo Lula e a falta de opções dos setores golpistas. O governo se mantém, mas já não existe. Não cai porque um novo arranjo neste momento é inviável. Os setores fascistas saíram à luz do dia e ganharam seu espaço. A esquerda ficou atordoada. A inquietação social, o desespero de um país que se esfacela, são combustíveis para novas explosões sociais. Devemos estar preparados!
Neilton Lima
Coordenador Pedagógico Escolar

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