Eu tenho que
confiar sempre! Primeiramente em Deus; depois em mim mesmo, e no meu discernimento.
O coordenador se encontra diante de um ataque tão violento que nem o
discernimento vai curá-lo. Retomar sempre
o contato com o meu lado construtivo, o alvo de enfraquecimento.
A desigualdade de riqueza e
de oportunidades na sociedade e entre
as sociedades costuma provocar inveja nas pessoas e nas comunidades
desprovidas, e culpa a negação nas abastadas. A onipresença da televisão, com
programas e anúncios em que a propaganda impera, também aumenta a inveja nas
regiões em que a maioria dos produtos comerciais é inalcançável por causa da
pobreza.
Podemos tentar rejeitar os nossos traços negativos
em vez de sermos capazes de suportar o
fato de que outro grupo tem características que não temos e de aceitar e usufruir a riqueza e a diversidade
da diferença.
Decerto, então, o amor é o remédio que purga o coração do
homem do veneno da inveja. Ou seja, é a capacidade de amar que permite vencer a
inveja. E há dor nisso, pois reconhecer a inveja e tentar remediá-la implica
sofrimento.
O reconhecimento da inveja
e a preocupação com os seus efeitos na vida coletiva e individual é uma
manifestação de amor, no sentido de proteger
aqueles que seriam prejudicados pela inveja. O ruim da inveja é o fato de que ela investe contra a bondade; o bom de
saber enfrentar a inveja é que a bondade
pode ser apreciada e desfrutada.
Conclusões:
¶
A inveja está presente já na primeira relação de dependência
para com a mãe e o peito ou a mamadeira, bem como com a relação inicial do pai.
¶
Quando a criança mama, ela alimenta o corpo e também o ego. Os
desejos instintivos do bebê e suas fantasias inconscientes atribuem ao seio
qualidades que vão muito além do alimento que ele proporciona: ali está o
alicerce da esperança, da confiança e da crença na bondade.
¶
A inveja tem a faculdade de estar ou existir concomitantemente
em todos os lugares, pessoas e coisas (ubiquidade). O pior é que a inveja é uma
manifestação da pulsão de morte, ou seja, uma das forças destrutivas na
natureza humana. Isso se deve à investida da inveja contra a bondade e, assim,
contra a própria vida.
¶
A capacidade de dar e de
preservar a vida é tida como a maior das dádivas, e portanto a criatividade
se torna a causa mais forte da inveja.
¶
Há ligação entre as perturbações
concretas com o seio e as perturbações
simbólicas com a criatividade e a realização.
¶
Por que alguém se voltaria contra o
seu potencial? Lembre-se de que é impossível atacar a pessoa que tem o que se
quer sem atacar também a capacidade de se
relacionar com essa pessoa e de aceitar o que venha dela – que são
faculdades importantes.
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