Sou um
Coordenador Pedagógico, mas não precisaria ser economista para chamar atenção
aos ajustes econômicos para enfrentar a crise. As finanças públicas acumulam
déficits bilionários, e a dívida pública não para de crescer (clique em cima da imagem lá embaixo para ampliar).
Os recursos obtidos
com a venda de títulos públicos (ou seja, por meio do aumento da dívida
pública) podem ser empregados só para dois fins: fazer investimentos e rolar os
vencimentos da própria dívida. O Governo não pode se endividar para pagar os
aposentados nem suas próprias contas. Acontece que, o Governo de Michel Temer
está deixando uma herança gigantesca de dívidas para o seu sucessor. Agora
imaginem com essa paralisação já de 8 dias pelo país? Além da queda de
produtividade, o Governo arrecada menos em tributos, ao ponto que negocia com
os caminhoneiros de empresários um desconto no diesel que renderá um prejuízo
de R$ 10 bilhões aos cofres públicos.
Não me
parece nem um pouco casual essa paralisação prolongada do locaute dos caminhoneiros.
Defendo a teoria da conspiração, se é assim que poderia chamá-la, como um fato
orquestrado por lideranças poderosas do país (Governo Temer, Empresários e
Mídia) contra a sociedade brasileira, visando empurrar-lhe goela abaixo a
Reforma da Previdência. Ou seja, estamos com a faca no pescoço.
Querem nos
convencer de que é necessário um corte profundo nos gastos públicos ou haverá o
risco de todo o país passar por uma situação similar à do Rio de Janeiro, e outros
estados quebrados. Agora pensem comigo: imaginem a suspensão do pagamento de
aposentadorias? E a interrupção temporária de serviços de saúde e educação,
como as de agora, só que mais prolongadas e sem prazos previstos de retorno?
Cadê o dinheiro para investimentos em obras? Estão tocando um prévio terror na
sociedade brasileira como aviso prévio.
Entrando no
8º dia de greve, imprevisível, um sintoma de gravidade do quadro que aprofunda
é a probabilidade de, a partir de 2019, seja qual for o Governo eleito nessas
eleições (se é que elas acontecerão), ficar impossibilitado de cumprir a
chamada “regra de ouro” das finanças públicas – o que seria uma violação da
Constituição.
O Governo
Temer tentou um primeiro chamado para a Reforma da Previdência, não conseguiu.
O que está acontecendo agora é outro chamamento, da pior forma. Se não
conseguiu o apoio da população por bem, conseguirá por mal?
Neilton Lima
Coordenador Pedagógico Escolar.
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