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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quarta-feira, 16 de março de 2016

Exploração Espacial... A longa jornada ao cometa 67 P


  Máquinas e veículos da Terra circulando em outros mundos não é exatamente uma novidade. Marte, por exemplo, já abriga uma pequena colônia de robôs terráqueos, que vasculham vales e montanhas atrás de sinais de água.
  A primeira sonda a pousar no núcleo de um cometa fornece revelações surpreendentes sobre a natureza desses fósseis errantes.
  Os cometas são fósseis errantes do Universo, bolotas de poeira e água congelada. No caso do 67P, é um cometa fóssil que data da época da formação do Sistema Solar, há 4,6 bilhões de anos.  
  Mas, a presença em cometas é algo inédito (em novembro de 2014, pela primeira vez, uma nave terráquea pousou num cometa – o 67P/Churyumov-Gerasimenko). Encontra-se a 500 milhões de quilômetros da Terra (entre Marte e Júpiter).
  A longa jornada rumo ao 67P exigiu o trabalho de mais de 500 engenheiros e pesquisadores, a um custo de 1,1 bilhão de dólares. A sonda-robô, do tamanho de uma máquina de lavar roupa, custou mais de 200 milhões de dólares. Esses valores incluem os 20 anos de planejamento da missão e toda a viagem, desde o lançamento da dupla Rosetta-Philae, atadas ao bico de um foguete Ariane, em 2004, da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa.
  Pouso difícil, mas bem-sucedido, nos confins do espaço.
  Objetivos da missão:
- Coletar dados que revelem segredos sobre a origem do Sistema Solar e dos oceanos na Terra;
- Jogar alguma luz sobre o mistério do surgimento da vida em nosso planeta.
Ex: A origem da água dos oceanos: “Os cometas são suspeitos de terem trazido, num passado muito distante, toda a água que existe em nosso planeta. Segundo a hipótese mais aceita hoje em dia, o gelo compactado nessas bolotas celestiais teria se derretido nos milhões de choques ocorridos pouco depois de a esfera da Terra resfriar”.
Hipótese alternativa: “A água teria sido trazida por asteroides – estes, sim, com a simples e pura molécula de H2O a que estamos habituados. Ainda que contenham menos água, estima-se que o imenso número de asteroides que despencaram sobre a Terra recém-resfriada tenha vaporizado água em quantidade suficiente para se condensar e encher as bacias oceânicas”.
  São sondas-robôs, numa viagem de 10 anos, de investigação solitária, com um único cordão umbilical ligando-as à Terra: sinais de rádio, que levam 28 minutos para percorrer a distância e chegar ao destino.
  A Rosetta é o auge tecnológico e científico de uma série de missões espaciais a cometas. Antes dela, sete cometas tinham sido visitados por outras missões. Mas sempre de longe. A nave Rosetta, com sua sonda-robô Philae, foi lançada em 2004 e chegou ao 67P em 2014. À época, o cometa distava 500 milhões de quilômetros da Terra e viajava a mais de 60 mil quilômetros por hora. O robô pousou sobre a superfície do 67P, num feito histórico da ciência.
  A surpresa final foi o relevo extremamente acidentado do cometa. Como vales e montes teriam se formado se a força gravitacional é fraquíssima e a coma, extremamente rala? Isso porque, sem atmosfera, não há pressão suficiente para criar os ventos que moldam montes e vales por erosão.
  Cometas são corpos compostos de água congelada e poeira, remanescentes da formação do Sistema Solar, há 4,6 bilhões de anos. Como permaneceram um longo tempo distantes da radiação solar, os cometas guardam características primordiais da formação dos planetas e podem revelar detalhes sobre a formação do sistema, as origens dos oceanos e da vida na Terra.

  Muitas missões fizeram história. Vários cometas já foram estudados por outras missões espaciais, desde 1985, mas sempre à distância. Duas das principais são a missão Stardust e a Deep Impact. Mas, por ora, quem detém o título de rainha dos cometas é a missão Rosetta. E assim o quadro permanecerá por alguns anos. A economia mundial capengando torna impossível prever quando as potências espaciais terão como investir outros bilhões de dólares em novas missões, tão arriscadas. 

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