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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quarta-feira, 16 de março de 2016

Astronomia. Uma Terra Distante? Será que não estamos, afinal, sozinhos no Universo?

O astro foi apelidado de “Superterra” (com o nome oficial de Gliese 581c), gira em torno da estrela Gliese 581 e está a 20,5 anos-luz de nós = 194 trilhões de quilômetros. As naves mais velozes de que dispomos não dariam um pulinho lá em menos de 400 mil anos! Essa descoberta feita em abril de 2008 abre, sem dúvida, novas perspectivas na busca por vida em outros cantos do cosmo e traz, à tona, essa antiga questão da humanidade. Porém, não há nenhuma garantia de que tenhamos batido à porta de algum E.T (até hoje cientista nenhum viu um ser vivo que não fosse terráqueo).


Embora não seja novidade os astrônomos conhecerem outros planetas extra-solares, essa descoberta é mais especial. Por quê? Porque a quase totalidade dos cerca de 250 corpos desse tipo (planeta extra-solar, em sua maioria gigantes gasosos e perto demais de sua estrela-mãe) descobertos desde 1995-2008 tem tamanho igual ou superior ao de Júpiter (o maior planeta do nosso sistema solar)! Outras poucas superterras conhecidas orbitam pulsares, isto é, as estrelas mortas que emitem uma radiação extremamente violenta. Já o Gliese 581c tem massa apenas 5 vezes maior e diâmetro 1,5 superior ao da Terra, ou seja, é o menor exoplaneta já identificado em torno de uma estrela comum de brilho estável.

Esse pequeno planeta longínquo apresenta condições essenciais para o desenvolvimento da vida: a existência de água no estado líquido, superfície rochosa (que pode estar coberta de oceanos), sua órbita está a uma distância média e segura da estrela ao redor da qual orbita (Gliese 581, 14 vezes menor do que a existente entre a Terra e o Sol), com temperatura média entre 0°C e 40°C na superfície (considerada zona habitável, algo parecido com a variação de temperatura entre o inverno e o verão de Nova York)... Jamais topamos com outro recanto do cosmo parecido com a Terra que satisfaça os pré-requisitos primários para o surgimento da vida – ao menos como a conhecemos.

As luas de Saturno e Júpiter, respectivamente Titã e Europa, por exemplo, a tempos vinham dando sinas de ambientes parecidos com o da Terra à época do surgimento da vida por aqui, há 3,5 bilhões de anos. Mas, são apenas suspeitas sobre organismos nadando nos mares por lá... A comprovação mesma depende da construção de equipamentos especiais (perfuradores de gelo e sondas subaquáticas), ainda em fase de desenvolvimento. Uma das técnicas de identificação de planetas em torno de estrelas mede a minúscula redução no brilho de uma estrela a cada vez que um planeta passa entre ela e o observador na Terra. Também, os caçadores de planeta usam telescópios de solo e orbitais para monitorar as estrelas mais próximas do sistema solar. Por ora, a tecnologia nos limita a rápidas espiadelas sobre a superfície desses astros.


Biólogos e astrônomos debatem há décadas se a vida é algo comum ou um acidente no Universo. Nem sequer conhecemos todos os organismos que habitam as profundezas dos oceanos e a copa das árvores mais altas, aqui mesmo no nosso planeta. Todavia, a curiosidade é característica do humano. Então, estamos sozinhos? Eis as hipóteses bipolares a esse respeito (sobre a existência de vida em outros mundos):

1.      Princípio da Mediocridade”: o cosmo não só borbulha de vida como abriga organismos sofisticados (existência de vida inteligente além da Terra). A Terra é um planetinha rochoso típico, localizado num sistema solar nada excepcional (também típico), que, por sua vez, fica numa galáxia como milhares de outras. Então deve haver bilhões de Terras por aí, com as mesmas possibilidades de ser habitadas. Adeptos: Carl Sagan (1934-1996) e Frank Drake.
2.      Estamos, sim, sozinhos nessa imensidão”: esse é o campo dos mais incrédulos que afirmam ser a Terra povoada só por causa de uma improvável combinação de centenas de variáveis (da distância que a Terra mantém do Sol à composição da atmosfera e sua interação com a superfície rochosa e os oceanos). A precisão de tal combinação é tão grande que não deve ter ocorrido mais nenhuma vez em toda a Via Láctea – e, talvez, em todo o cosmo. Vida inteligente torna-se, então, impensável. Não fosse assim, por que não teríamos conseguido ainda entrar em contato com algum E.T.?

O desejo de resposta (positiva?) é tanto que nem precisaria ser uma criatura das mais inteligentes. Na ânsia de encontrar um vizinho cósmico, nos contentaríamos com uma mera bactéria extraterrestre ou microrganismos do gênero, mas que desse alguns sinais de respostas:

1.      Onde a vida floresceu? Ainda está florescendo por aí?  
2.      Se de fato existir vida fora da Terra, ela seria como a da Terra?
3.      Como ter certeza de que vamos reconhecer a vida na forma como ela possa eventualmente se apresentar fora da Terra?
4.      As regras que permitiram o surgimento dos seres vivos no nosso continho do Universo (a Terra) são diferentes ou iguais das que valem no resto do Cosmo?

As pesquisas avançam e o novo candidato representa o maior trunfo a planeta habitado (habitat de alienígenas). Será? Caso não seja, não haverá problemas, pois daqui a pouco tempo ele será apenas a primeira de uma longa lista de planetas irmãos da Terra. Identificar indícios de um ambiente onde a vida possa florescer é uma coisa. Outra bem diferente é descobrir se esse ambiente efetivamente abriga qualquer organismo. Aliás, os astrônomos não conseguem enxergar a Superterra (como também jamais viram diretamente nenhum outro planeta extra-solar). Tudo é feito apelando-se a métodos indiretos de observação. A existência de seres vivos na Superterra – ou em qualquer outro astro – deve continuar como mera possibilidade, por enquanto! 

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