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São três movimentos
básicos responsáveis por esses protestos: Brasil Livre, Vem Pra Rua e
Revoltados On Line.
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Não há voto de
confiança ou avaliação generosa que resista a menos
dinheiro no bolso, preços em disparada, economia acabrunhada, futuro incerto,
pessimismo.
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Dilma não tem de se
segurar no cargo até 31 de agosto de 2015, mas ate 31 de dezembro de 2018.
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Os próprios
jornalistas, que cometem o pecado de circular demais no meio político e de
menos nas ruas, correm o risco de fazer avaliações apressadas.
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O povo está
preocupado com a melhoria da economia e não em descrever os humores dos
políticos de Brasília.
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A cada enxadada que
dá a Operação Lava Jato, surge um punhado de minhocas reais. A engrenagem hoje
envolvida na investigação e nos vazamentos tomou gosto pela coisa. Já se
abriram duas variáveis independentes na operação, que remetem para o
Ministério do Planejamento e para o setor
elétrico. A artilharia se volta agora para os estádios
da Copa do Mundo, terreno fértil para escavar frustrações e humilhações.
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O sentimento que varreu o país em
2013 e 2014, que contrastava a ruindade dos serviços públicos oferecidos pelo
estado com a suntuosidade dos estádios, o que transformou o
tal “Padrão Fifa”, antes uma referência de qualidade, em reivindicação situada
entre a política e a ironia.
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O PT se encarregou
de transformar o que poderia ter sido o planejamento do futuro em alguns
fogões, algumas geladeiras, cocô de curto prazo e votos.
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“Ou o governo muda,
ou o povo muda o governo”. E ele está se referindo justamente à economia.
Na
próxima cochilada que der nas contas públicas, o país pode ser rebaixado pelas
agências de classificação de risco — e aí haverá gente
com saudade do tempo em que o símbolo do mal era o FMI…
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É a continuidade do
governo que nos lança no escuro, não a sua interrupção.
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O governo Dilma Rousseff enfrenta
neste domingo o terceiro protesto popular em apenas oito meses do seu segundo
mandato. Assombrados pelo fantasma da inflação - cujo índice já supera a popularidade da
presidente -, diante do maior índice de
desemprego em mais de cinco anos e perplexos com a magnitude do esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato,
os brasileiros voltam às ruas para um ato que tem como mote a frase "Não vamos pagar a conta do PT".
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"Espero que o Congresso
reconheça o clamor popular, talvez num nível nunca antes visto na história
deste país, e encaminhe um pedido de impeachment".
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O foco dos protestos
não será apenas o "fora Dilma", mas também a luta contra a
corrupção. "O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem uma lista
de 48 políticos suspeitos de envolvimento no petrolão. Exigimos saber o que será feito
dela".
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A tese de impeachment
"perdeu um pouco de força". Ao longo da semana
passada, o governo federal conseguiu respirar em meio à crise política: o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu estender a mão a Dilma
com sua Agenda Brasil e o
Tribunal de Contas da União concedeu mais tempo para o governo explicar as
pedaladas fiscais. Além disso, o
Planalto emplacou diversos encontros com movimentos de esquerda em busca de
apoio à petista.
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Para a Eurasia, os
protestos provavelmente não irão aprofundar a crise de governabilidade, mesmo
que a mobilização seja superior às de março e de abril. A consultoria mantém a probabilidade de 30% de saída da
presidente Dilma Rousseff do poder antes do final do seu mandato. A Eurasia enfatiza que o maior risco para o governo é se os
protestos maciços se tornarem frequentes e se os sindicatos lulopetistas
aderirem de forma efetiva para sabotar o ajuste fiscal. “Uma Dilma frágil encara outra vez a prova de fogo
das manifestações”. Destaca alguns pontos
elementares como o agravamento da crise econômica, o cansaço popular e
o aprofundamento da Operação Lava-Jato.
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O que falta para o
divórcio. Relação entre Dilma e PT nunca esteve tão estremecida. Em quatro
meses, mais de cinco mil petistas deixaram a legenda, após fazerem críticas ao
governo. Mas interesses políticos impedem o
rompimento de papel passado.
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O PT, por sua vez,
teme que o partido seja contaminado pelas trapalhadas
do governo, reprovado hoje por 71% dos brasileiros. Entre os petistas já há quem defenda, intramuros ou até publicamente, a
renúncia de Dilma. De abril para cá, nada menos do que
5.267 políticos deixaram o PT para concorrer às eleições do ano que vem por
outras agremiações. A justificativa de
quem sai, em geral, é o medo de perder as eleições por estarem ligados a um
partido e a um governo altamente impopulares.
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Dilma,
principalmente, jogou o PT aos leões. Não fez nada para proteger o partido e
sempre que pode tenta se desvincular da legenda, como se o partido não fosse o
responsável por sua reeleição.
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A economia está indo
para um lado que não foi o que construímos. Você sai na rua e o povo fala que a
vaca tossiu. Isso representa muito para a nossa base. Como vamos
defender Lula e Dilma se a base social não vier?
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Integrantes da velha
guarda petista vem torpedeando o governo publicamente. “Não adianta fazer cara
de paisagem. Alguma coisa tem de ser feita. Ou ela faz uma mudança de rota,
muda a receita do ajuste etc., ou ela pega a caneta e fala ‘vou pra casa, não
dou conta’. Eu tenho esse temor”, afirmou Frei Betto, amigo do ex-presidente
Lula, de quem foi assessor especial no início do mandato. “Eu não sei
o que de positivo a Dilma fez de janeiro para cá. Gostaria que alguém dissesse.
O ajuste é necessário? É necessário. Mas o ônus é só sobre o trabalhador”, acrescentou Betto.
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O crescimento do PT
em prefeituras, estados e Câmaras municipais na última década foi impulsionado
pelo loteamento de cargos estratégicos em estruturas federais que fornecem
benefícios diretos a eleitores e empresários. Longe do governo, o PT perderia
esses postos.
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Não temos o respeito
da presidente, temos apenas bons técnicos e votos. Sim, na última eleição a
presidente que votei ficou devendo muito ao Piauí. Daqui saiu a maior votação
proporcional do país. E eu acreditei quando ela disse que nos amava, naquele
comício de abertura do segundo turno da sua campanha.
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Embora 50
integrantes da legenda tenham se posicionado contra o governo em recente
apreciação da chamada “pauta bomba”, Dilma conta com as articulações do ex-presidente
Lula, de Renan e do vice Michel Temer para pacificar a bancada.
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