Ø
Mais de 50% deles encontram-se entre os eleitores
indecisos ou que pretendem anular o voto;
Ø
Eles têm entre 16 e 33 anos (a juventude
brasileira), representam um terço do eleitorado (33% ou pouco mais de 45
milhões de pessoas), são mais informados que seus pais, influenciam no voto da
família e podem decidir a eleição (peso decisivo);
Ø
Como funciona a cabeça política do jovem
brasileiro? Quais são suas demandas? De que maneira ela pode influenciar na
corrida eleitoral?
- Essa turma, por ser mais informada do que seus pais e levar
dinheiro para dentro de casa, contribui para o aumento da renda, forma opinião,
influencia no voto da família e pode até decidir a eleição;
- 72% desses brasileiros consideram ter melhorado de vida. Milhões
de jovens brasileiros deixaram para trás a pobreza, conseguiram estudar e
abriram seu próprio negócio;
- Essa juventude entre 16 e 33 anos indica querer mais: eles querem
serviços públicos de mais qualidade, maior conectividade, acessos livres a
banda larga e a tecnologia de ponta. E não abrem mão da manutenção do poder de
compra.
- Recados importantes à classe política: ao mesmo tempo que 92%
acreditam na própria capacidade de mudar o mundo, 70% botam fé de que o voto
possa transformar o País e 80% reconhecem o papel determinante da política no
cotidiano brasileiro.
- Para os jovens, as agremiações partidárias e os governantes não
falam a linguagem deles: os políticos são analógicos e a juventude digital.
- Geração D (de Digital), é uma alusão à juventude conectada.
Nascidos totalmente integrados à tecnologia digital, sob os ventos favoráveis
da estabilidade econômica, da democracia e com menos privações que a geração
anterior, esses jovens foram os grandes protagonistas das manifestações de
junho de 2013, quando milhões de pessoas de todo o País foram às ruas para
cobrar mudanças na política brasileira. De lá para cá, a onda de indignação,
revolta e envolvimento dos jovens na vida política só cresceu. Chamados a
dialogar, eles foram instados a ter opiniões.
- Os jovens sempre tiveram opiniões. Muitas e excelentes opiniões,
diga-se de passagem. Mas, nem sempre, foram criados espaços democráticos para
ouvi-las. Então eles forçaram uma abertura democrática – as manifestações de
rua em junho de 2013. A diferença crucial agora é que o que eles dizem tem
muito mais peso. Eles são ouvidos e exercem influência sobre a família: hoje,
as decisões familiares são compartilhadas. Inclusive as decisões políticas.
- A internet ampliou o repertório, as redes de relacionamento e as
possibilidades de ascensão social dessa geração. A internet e as redes sociais
viraram palco dos novos debates políticos – a maior parte deles travada por
jovens. O que rola na rede é disseminado em casa por meio da juventude
conectada. Logo, não há como discutir o processo eleitoral sem falar dos jovens
– que estão olhando para frente, não para trás.
- O aperfeiçoamento da democracia passa pelo fortalecimento das
organizações partidárias. O problema é que algumas legendas têm dificuldade em
dialogar com os jovens. Eu sou apaixonado por política, e não só sei, como
tenho certeza da capacidade transformadora do jovem. Sou do grupo de jovens que
acredita na importância do voto para a mudança dos rumos do País.
- Ao menos em casa, a juventude já ajuda a transformar a vida de
seus pais, contribuindo no orçamento doméstico. Hoje, de cada R$ 100 que um pai
da classe alta injeta na economia do lar, o filho jovem coloca R$ 57. Na classe
C, também a cada R$ 100, o filho investe R$ 96. O fato de os jovens
participarem ativamente no orçamento familiar deu a eles a condição de ser um
dos interlocutores da família.
- 92% dos jovens brasileiros acreditam na capacidade da juventude de
mudar o mundo. Como nos consultam para adquirir ou pesquisar sobre um
determinado produto, a família também nos procura para saber de política, economia
e outras notícias.
- Os políticos não falam a língua dos jovens. Os partidos políticos
e os governantes não sabem ao certo dialogar com a juventude digital. E os
jovens serão decisivos na eleição de outubro, pois, além de votarem, ainda
formam opinião em casa.
- Os jovens dessa geração digital são de 18 a 33 anos, uma mistura
das gerações Y e X (nascidos entre 1980 e hoje) e predominantemente de classe
C. Gastam R$ 200 bilhões por ano. De cada R$ 100 que um pai de classe alta
injeta na economia do lar, o filho jovem coloca R$ 57. Na classe C, o filho
coloca R$ 96. É por isso que os filhos influenciam mais a economia doméstica.
Além disso, eles são mais escolarizados que os pais e mais conectados.
- Como os jovens decidem mais sobre as coisas dentro de casa, eles
são os novos formadores de opinião. Isso vale tanto para a compra de um produto
quanto para a decisão de voto familiar. Não há como discutir o processo
eleitoral sem falar da juventude. Os jovens olham para a frente; são eles que
vão ajudar a decidir as eleições este ano.
- Os jovens não aceitam mais uma classe política que não os
representa. Eles querem ser protagonistas da própria história. Essa geração não
aceita hierarquias, censura e tampouco tentativas de silenciá-los.
- Por serem mais escolarizados e conectados que os pais, eles são
mais críticos com a real situação do País. Eles não enxergam na classe política
a solução para um futuro melhor.
- O apoderamento dos jovens é explicado por diversos fatores:
1. Além de ter mais acesso à informação (93% dos jovens são
conectados), a juventude digital é muito mais escolarizada que os pais;
2. Quanto a educação nos lares brasileiros, salta aos olhos a
evolução educacional dos filhos da classe C (54% dos brasileiros). Nesse
estrato da sociedade, 7 em cada 10 jovens estudaram mais que seus pais.
3. Neste mundo de interatividade, a enorme capacidade da juventude
de assimilar as transformações tecnológicas interfere em como esses jovens
agem, pensam e levam o seu ritmo de vida. Os jovens querem um Estado forte e
que ofereça serviço público gratuito de qualidade. Essa juventude quebra a
lógica política tradicional, ideológica, principalmente porque os jovens dessa
geração utilizam-se de uma régua muito mais rigorosa para medir a qualidade do
serviço público do que os pais.
4. Do ponto de vista comportamental, os jovens da Geração D são
ambiciosos, impulsivos e ousados. Contestadores, eles não querem saber de
censura. Impactados pelo sucesso dos programas de distribuição de renda,
redução da pobreza e pleno emprego, eles, agora, querem muito mais dos
políticos. A segurança aparece em
primeiro lugar entre os problemas que mais preocupam os jovens, seguido por políticas públicas para a juventude e a
inflação do cotidiano.
5. O pessoal fica falando da ausência de médico na periferia, mas
faltam professores, bolsas de estudo e publicidade para informar a população
sobre os projetos. Os jovens querem saber do futuro, rebeldes conectados e
formadores de opinião em casa.
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