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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A Cabeça e o Comportamento Político da Juventude Brasileira

Ø  Mais de 50% deles encontram-se entre os eleitores indecisos ou que pretendem anular o voto;
Ø  Eles têm entre 16 e 33 anos (a juventude brasileira), representam um terço do eleitorado (33% ou pouco mais de 45 milhões de pessoas), são mais informados que seus pais, influenciam no voto da família e podem decidir a eleição (peso decisivo);
Ø  Como funciona a cabeça política do jovem brasileiro? Quais são suas demandas? De que maneira ela pode influenciar na corrida eleitoral?
- Essa turma, por ser mais informada do que seus pais e levar dinheiro para dentro de casa, contribui para o aumento da renda, forma opinião, influencia no voto da família e pode até decidir a eleição;
- 72% desses brasileiros consideram ter melhorado de vida. Milhões de jovens brasileiros deixaram para trás a pobreza, conseguiram estudar e abriram seu próprio negócio;
- Essa juventude entre 16 e 33 anos indica querer mais: eles querem serviços públicos de mais qualidade, maior conectividade, acessos livres a banda larga e a tecnologia de ponta. E não abrem mão da manutenção do poder de compra.
- Recados importantes à classe política: ao mesmo tempo que 92% acreditam na própria capacidade de mudar o mundo, 70% botam fé de que o voto possa transformar o País e 80% reconhecem o papel determinante da política no cotidiano brasileiro.
- Para os jovens, as agremiações partidárias e os governantes não falam a linguagem deles: os políticos são analógicos e a juventude digital.
- Geração D (de Digital), é uma alusão à juventude conectada. Nascidos totalmente integrados à tecnologia digital, sob os ventos favoráveis da estabilidade econômica, da democracia e com menos privações que a geração anterior, esses jovens foram os grandes protagonistas das manifestações de junho de 2013, quando milhões de pessoas de todo o País foram às ruas para cobrar mudanças na política brasileira. De lá para cá, a onda de indignação, revolta e envolvimento dos jovens na vida política só cresceu. Chamados a dialogar, eles foram instados a ter opiniões.
- Os jovens sempre tiveram opiniões. Muitas e excelentes opiniões, diga-se de passagem. Mas, nem sempre, foram criados espaços democráticos para ouvi-las. Então eles forçaram uma abertura democrática – as manifestações de rua em junho de 2013. A diferença crucial agora é que o que eles dizem tem muito mais peso. Eles são ouvidos e exercem influência sobre a família: hoje, as decisões familiares são compartilhadas. Inclusive as decisões políticas.
- A internet ampliou o repertório, as redes de relacionamento e as possibilidades de ascensão social dessa geração. A internet e as redes sociais viraram palco dos novos debates políticos – a maior parte deles travada por jovens. O que rola na rede é disseminado em casa por meio da juventude conectada. Logo, não há como discutir o processo eleitoral sem falar dos jovens – que estão olhando para frente, não para trás.
- O aperfeiçoamento da democracia passa pelo fortalecimento das organizações partidárias. O problema é que algumas legendas têm dificuldade em dialogar com os jovens. Eu sou apaixonado por política, e não só sei, como tenho certeza da capacidade transformadora do jovem. Sou do grupo de jovens que acredita na importância do voto para a mudança dos rumos do País.
- Ao menos em casa, a juventude já ajuda a transformar a vida de seus pais, contribuindo no orçamento doméstico. Hoje, de cada R$ 100 que um pai da classe alta injeta na economia do lar, o filho jovem coloca R$ 57. Na classe C, também a cada R$ 100, o filho investe R$ 96. O fato de os jovens participarem ativamente no orçamento familiar deu a eles a condição de ser um dos interlocutores da família.
- 92% dos jovens brasileiros acreditam na capacidade da juventude de mudar o mundo. Como nos consultam para adquirir ou pesquisar sobre um determinado produto, a família também nos procura para saber de política, economia e outras notícias.
- Os políticos não falam a língua dos jovens. Os partidos políticos e os governantes não sabem ao certo dialogar com a juventude digital. E os jovens serão decisivos na eleição de outubro, pois, além de votarem, ainda formam opinião em casa.
- Os jovens dessa geração digital são de 18 a 33 anos, uma mistura das gerações Y e X (nascidos entre 1980 e hoje) e predominantemente de classe C. Gastam R$ 200 bilhões por ano. De cada R$ 100 que um pai de classe alta injeta na economia do lar, o filho jovem coloca R$ 57. Na classe C, o filho coloca R$ 96. É por isso que os filhos influenciam mais a economia doméstica. Além disso, eles são mais escolarizados que os pais e mais conectados.
- Como os jovens decidem mais sobre as coisas dentro de casa, eles são os novos formadores de opinião. Isso vale tanto para a compra de um produto quanto para a decisão de voto familiar. Não há como discutir o processo eleitoral sem falar da juventude. Os jovens olham para a frente; são eles que vão ajudar a decidir as eleições este ano.
- Os jovens não aceitam mais uma classe política que não os representa. Eles querem ser protagonistas da própria história. Essa geração não aceita hierarquias, censura e tampouco tentativas de silenciá-los.
- Por serem mais escolarizados e conectados que os pais, eles são mais críticos com a real situação do País. Eles não enxergam na classe política a solução para um futuro melhor.
- O apoderamento dos jovens é explicado por diversos fatores:
1. Além de ter mais acesso à informação (93% dos jovens são conectados), a juventude digital é muito mais escolarizada que os pais;
2. Quanto a educação nos lares brasileiros, salta aos olhos a evolução educacional dos filhos da classe C (54% dos brasileiros). Nesse estrato da sociedade, 7 em cada 10 jovens estudaram mais que seus pais.
3. Neste mundo de interatividade, a enorme capacidade da juventude de assimilar as transformações tecnológicas interfere em como esses jovens agem, pensam e levam o seu ritmo de vida. Os jovens querem um Estado forte e que ofereça serviço público gratuito de qualidade. Essa juventude quebra a lógica política tradicional, ideológica, principalmente porque os jovens dessa geração utilizam-se de uma régua muito mais rigorosa para medir a qualidade do serviço público do que os pais.
4. Do ponto de vista comportamental, os jovens da Geração D são ambiciosos, impulsivos e ousados. Contestadores, eles não querem saber de censura. Impactados pelo sucesso dos programas de distribuição de renda, redução da pobreza e pleno emprego, eles, agora, querem muito mais dos políticos. A segurança aparece em primeiro lugar entre os problemas que mais preocupam os jovens, seguido por políticas públicas para a juventude e a inflação do cotidiano. 

5. O pessoal fica falando da ausência de médico na periferia, mas faltam professores, bolsas de estudo e publicidade para informar a população sobre os projetos. Os jovens querem saber do futuro, rebeldes conectados e formadores de opinião em casa. 

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