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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sábado, 17 de março de 2012

O problema dos outros pode se tornar o nosso problema.

Por Neilton Lima
Professor, pedagogo e especialista em psicopedagogia.

“Os nossos conhecimentos são os germes das nossas produções”. (Buffon)

A atual geração é pouco dedicada aos estudos. A parte que ainda o faz, talvez não seja movida pelo desejo, mas pela necessidade imposta das exigências sociais. O prejuízo não é apenas para o próprio indivíduo, que ao aumentar sua ignorância, também aumenta sua vulnerabilidade social. O prejuízo é catastrófico para toda uma nação. Com pessoas menos instruídas diminui também o número de cidadãos críticos (que não aceitam ideologias manipuladoras), participativos (que não aceitam idéias autoritárias) e autônomos (que criam projetos de vida com mais dignidade e qualidade, rumo a uma sociedade melhor). A indiferença aos estudos faz toda uma nação se perder, aumentando ainda mais as desigualdades sociais e, conseqüentemente, colocando a todos nós sujeitos aos seus possíveis riscos.

É verdade que a qualidade técnica das nossas escolas públicas não é das melhores. Entretanto, a raiz dos problemas da educação no Brasil é muito mais político-social do que técnico. A sociedade fundada em desigualdades sociais terríveis não dá as mesmas oportunidades para os filhos da classe pobre aproveitar a escola e o que de bom ela possa ferecer (se ela fosse de qualidade), como aproveita os estudantes das classes mais favorecidas. São critérios que precedem o fator técnico de diferenciação baseados nas possibilidades de poucos, e por se fundamentar na exclusão e afastamento dos menos aptos.

Que geração é esta, que não lê e disto nem se envergonha? Ora, é uma geração historicamente relegada e excluída da condição de se educar. Romper com os problemas da educação requer a paralela ruptura com os problemas sociais, e o começo deles é a superação das desigualdades sociais. 
Um forte abraço!
Neilton Lima.

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