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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quinta-feira, 29 de março de 2012

Agir com Pensar

Por Neilton Lima*
Professor, pedagogo e especialista em psicopedagogia*

Na sociedade contemporânea, uma sociedade do controle, o urgente não vem deixando tempo para o importante. A correria cotidiana imposta pelo relógio e as metas da vida prática nos rouba nossa liberdade consciente mais elementar: a capacidade de reflexão e consciência, continuada e deliberada. "Sem tempo para pensar”, nos tornamos vulneráveis aos imperativos do mundo dos negócios e da comunicação, verdadeiras presas do mercado. E nos tornamos meros consumidores vorazes e insanos, autômatos.

Tudo isso não só ameaça a nossa liberdade de decidir, escolher, optar e aderir, como também nos cansa, tirando o sono, o lazer e o sossego necessários a uma vida saudável. A conseqüência é a ameaça de um abismo do vazio. Muitas pessoas com aversões à civilidade, “deixando a vida nos levar” incertos, repousando na irracionalidade e vivendo dilemas da inconseqüência.

Sem liberdade, individualidade e privacidade. Sem o exercício do pensar e a atividade da reflexão. Vivemos numa verdadeira ditadura implícita, disfarçada, cujas amarras estão numa “mercadolatria” que seqüestrou nossa subjetividade. As forças de mercado criam necessidades artificiais o tempo todo e nos faz viver em função delas. E todo o desenvolvimento tecnocientífico vem sendo usado ao seu favor, fazendo-nos viver numa verdadeira Matrix.
Não devemos aceitar esse presente e esse futuro de carência, de falta, de ansiedade e de antecipação. E o ponto de partida parece ser a retomada da nossa capacidade de pensar e, junto com ela, de aprender a dizer “não”. 
Um forte abraço!
Neilton Lima.

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