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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sábado, 6 de dezembro de 2025

Plutocracia: o governo dos ricos.

 

São muitos os pretextos para consolidar o poder entre os mais ricos. Veja o atual governo norte-americano: eles têm o gabinete mais rico da história, repleto de bilionários e multimilionários. A riqueza imensa é agora vista como a melhor qualificação para comandar qualquer setor.

O faturamento da Trump Organization, no primeiro semestre de 2024, foi de cerca de US$ 51 milhões – e de cerca de US$ 864 milhões no primeiro semestre de 2025. Isso representa um salto de aproximadamente 1.600%! Quando o governo pede favores às grandes empresas, em troca, concede tratamento especial, incentivos fiscais e vantagens regulatórias aos seus favoritos – e são os contribuintes que pagam a conta.  

Outro exemplo vem do atual grupo de bilionários da tecnologia, que se beneficia do acesso que tem à Casa Branca. Com um sistema tributário que já favorece fortemente os mais ricos, a plutrocracia atual inevitavelmente se transformará em uma nova elite hereditária, com famílias mantendo poder e privilégios por gerações.

O principal desses pretextos tem sido a trilha da meritocracia, com a pesada distração de fundo do bolsonarismo aqui e o negacionismo acolá. Vejamos alguns:

1.     Prezar pela meritocracia através da desvalorização da experiência, dotada de diplomas (comprados na Ivy League), no intuito de dominar os negócios, o governo, a mídia e a cultura;

2.     Essa meritocracia é transformada em um grupo de tecnocratas presunçosos que perdem contato com a sociedade de onde vieram;

3.     A mudança histórica que temos é a ascensão de uma elite baseada no mérito. O que havia antes era uma rede de relações exclusivas na qual o sobrenome, a religião, a escola preparatória e o clube certos garantiam sua passagem para o topo;

4.     O poder da meritocracia advém da ideia de que ela promove pessoas com base em sua aptidão e excelência acadêmica. E de que até promove a integração entre católicos, judeus, asiáticos e negros ao establishment. Teria ela valorizado a competência acima da linhagem, e o trabalho acima do patrimônio. Daí pregar uma educação de alta qualidade, evitando práticas que não se baseiam no mérito, como admissões privilegiadas por tradição e cotas, uma avaliação mais rigorosa e um respeito renovado pelas habilidades práticas;

5.     Some a isso muita arrogância, prepotência e o favorecimento.

No quesito bolsonarismo/negacionismo, temos:

6.     Ataque frontal à elite dos especialistas;

7.     Confiar no bom senso do político em vez das ideias dos especialistas;

8.     Ignorar as opiniões da comunidade médica sobre questões como as vacinas;

9.     Destituir funcionários que valorizam o profissionalismo acima da lealdade pessoal;

10.  Declarar guerra às ONG’s...

Enfim, os piores governos escolhem seus líderes baseados em critérios de riqueza, privilégios, talentos e nascimento. É assim que está nos EUA. As virtudes e o bem comum são relegados.

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