Comprar gato por lebre não é ruim. Nem o gato, nem a lebre. Mas, é péssima a enganação do ato da compra. É o que vem ocorrendo com muitos produtos. O principal deles, os suplementos alimentares (responsáveis por 63% dos processos de investigação de infração às medidas sanitárias abertos pela Anvisa, 2020-2025).
Usando I.A, vídeos simulam depoimentos de personalidades, como médicos e apresentadores, em contas com milhões de seguidores (como as encontradas na Meta, dona do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, e no TikTok com mais de 5,5 milhões de seguidores). Ficam parecendo remédios aprovados pela Anvisa. Supostos tratamentos como “totalmente naturais” e que podem agir “na raiz do problema” para o fim da insônia, da ansiedade, da diabete, glaucoma, catarata, endometriose, miomas, candidíase, dificuldades para engravidar, pressão alta, transtornos, impotência sexual e até da cura de alguns tipos de câncer (próstata e mama) e da libertação de jovens das drogas (álcool, cigarro e todos os tipos de vícios), entre outros problemas de saúde.
Os anúncios fraudulentos são dotados de recursos digitais como “deepfake”, vídeos falsos, de figuras públicas, bem como de temas sensíveis e condições urgentes para passar credibilidade aos usuários e chamar sua atenção nas redes sociais. Outra característica são frases sobre “segredos que a indústria farmacêutica não quer que você saiba” para instigar as vendas. Entretanto, a maioria dos produtos nesse nível, não tem descrição da composição no rótulo.
Outras estratégias usadas:
·
A publicidade do produto o vende como “solução definitiva”;
·
As promessas se aproveitam da vulnerabilidade emocional e física de
indivíduos que enfrentam situações sensíveis. Ou seja, bebem na fonte de
desespero, falta de informação clara e opções alternativas, tudo para achar uma
solução fácil diante da incerteza e complexidade do tratamento médico
convencional;
·
Não há fundamento para as alegações (por exemplo, de que
suplementos possam curar condições complexas como ansiedade, depressão,
transtornos e vícios);
·
Usam simplificações perigosas e soluções rápidas;
·
Sempre desconfie de anúncios que prometem resultados rápidos,
naturais e definitivos;
· I.A. é ferramenta para as fraudes.
Enfim, enganação parece ser boa na literatura como forma de conscientização. Mas, na forma de anúncios e propagandas que prometem cura de doenças graves com suplementos não é legal para ninguém, a não ser dos que lucram com a fingida. Devem ser identificados e punidos.
“Suplementos alimentares não são medicamentos e, por isso, não servem para prevenir ou curar doenças. Eles são destinados a pessoas saudáveis e servem apenas para fornecer nutrientes que complementam a alimentação” (Anvisa).
Algumas dessas Fakes...






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