·
Precisa
renovar discurso e lideranças;
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Muita
dependência de Lula;
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Enfrenta
dificuldade de dialogar com novas classes de trabalhadores (evangélicos e/ou
pequenos empreendedores);
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Dificuldade
para abrir espaço a novas lideranças;
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Esgotamento
da “marca” de inclusão social;
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Engessa
a legenda na disputa de mandatos eletivos;
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Tornou-se
vítima do próprio sucesso político (as vitórias eleitorais impedem que ocorram
muitas críticas internamente, e acabam desconectando o partido de suas bases,
já que as lideranças que antes faziam interlocução com movimentos sociais
passam a fazer parte ou da máquina partidária ou dos mandatos eletivos);
·
O
partido surgiu nos anos 1980 tendo “a classe trabalhadora organizada e
sindicalizada” como eixo, e cresceu eleitoralmente ao ampliar o diálogo com a
massa de trabalhadores informais ao longo dos anos 1990, agora se vê desafiado pela
falta de discurso para uma “classe média que é muito plural” – composta desde
pequenos empresários e empreendedores até profissionais com pouca ou nenhuma
folga no orçamento mensal.
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Falta
renovação no discurso petista para dar conta de transformações no país, como o
crescimento evangélico, e no mundo, com as mudanças climáticas. Isto se
relaciona com a dificuldade de discutir o futuro pós-Lula, sua principal
liderança. É que Lula unifica o PT, enquanto o surgimento de novas lideranças
tende a causar divisão. Sem ele, o risco de uma divisão fratricida no partido
passou a ser grande.
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Houve
queda de representação do PT em prefeituras e na Câmara dos Deputados, mas o
partido voltou a ganhar terreno com a volta de Lula ao cenário eleitoral.
·
Segue sendo o partido mais “orgânico” do país;
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35% são simpatizantes da sigla;
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1,6 milhão de filiados atualmente;
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Manteve o patamar de governadores eleitos, graças a uma sequência de
vitórias em estado do Nordeste, como Bahia, Ceará e Piauí. Tanto que a
resiliência eleitoral do partido na região vem estimulando uma mobilização
interna para que uma liderança nordestina seja alçada à presidência do PT, ao
fim do mandato de Glesi Hoffman, do Paraná, neste ano.
·
O cenário exemplifica um partido mais pujante na disputa pela
ocupação de espaços do que para debater novas propostas;
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O Partido tem novos quadros, mas precisa reforçar um programa ao
país. A inclusão social, bem ou mal, já foi feita. O PT continua sendo um ponto
de convergência para algo melhor do que a direita oferece.
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