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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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terça-feira, 5 de novembro de 2024

“O Sonho Americano”.

EPISÓDIO 01:

EPISÓDIO 05:

·       Racismo, um tema que mobiliza os eleitores americanos.

- depois de 246 anos de escravidão nos EUA, e mais de 100 anos de segregação racial, legitimada pelo Estado através de Leis, e só acabou em 1965. Acabou? Não, nunca terminou.

- A probabilidade de afro americano ser preso é 5x maior do que um branco nos EUA.

- 8 em 10 o “Sonho Americano” não existe. Igualdade não se mostra no dia a dia. É a população que menos sai de casa para votar. Kamala pode mudar isso. 

EPISÓDIO 06:

A eleição nos EUA é por Estado, não por voto. Cada Estado vale um número de pontos. O candidato que tiver mais votos num Estado, leva apenas o número de pontos dele. Para vencer, um candidato tem que somar 270 pontos! Só que na maior parte desses Estados já se sabe quem vai ganhar, porque tem tradição já tem tradição em quem votar – ou Republicano ou Democrata. É sempre assim! Quem pode causar alguma mudança são alguns Estados que não têm essa tradição: isso muda a cada eleição, quando a população fica dividida. Michigan, por exemplo, é um Estado bastante decisivo (quem vence por lá, costuma levar). Veja quais são: 

·       Nos EUA, cada um dos 50 Estados da Federação tem certo número de representantes, numa instituição chamada de Colégio Eleitoral (com 538 delegados ao todo). Esse número total é proporcional ao número de eleitores que cada Estado tem. No sistema do Colégio Eleitoral, são esses representantes que determinam quem será o presidente (o candidato mais votado no estado leva, obrigatoriamente, todos os seus delegados). Ou seja, são necessários 270 delegados para eleger um presidente nos EUA. Com 44 ou 45 estados dá para saber com até 02 anos de antecedência se são mais Democratas ou Republicanos (mas nenhum dos candidatos tem garantidos os 270 votos, por isso, os estados que sobram são os Swing States, os que têm o poder de terminar que chegará aos 270 votos). Ou seja, um estado se transforma num Swing States se deixar de ser previsível, isto é, ter uma maioria fixa de eleitores inclinada e bem constatada a determinado partido (isso pode acontecer com a dinâmica da imigração, por exemplo, ou por temas polêmicos e questões ideológicas). Os Estados com mais delegados são: Califórnia (54); Texas (40); Flórida (30); Nova York (28). Ganhou no Estado? Leva todos os representantes! Na prática, é como se fossem 50 eleições separadas. Ou seja, cada Estado contribui com o resultado final, com o peso proporcional ao tamanho da população. Estados mais populosos têm mais representantes no Colégio Eleitoral (e isso soma o maior número de votos para o vencedor daquele Estado). Enfim, por que os Estados mudam ao longo do tempo? Ideologia, machismo, eleitores mais inclinados à direita, mudanças demográficas, não dá para prever completamente (e nisso mora a graça, a tensão, a magia, e agora a violência e agressividade, de uma campanha/eleição).  


·       O peso e as inclinações políticas dos eleitores de origem árabe (é muito tempo e dinheiro para cortejar esses eleitores).

- um grupo que pode decidir o próximo presidente americano.

- árabes americanos não estão nada satisfeitos com o apoio americano a Israel nas guerras em Gaza e no Líbano. Eles não sabem como votarão neste ano...

- Os EUA são os maiores aliados de Israel. Apoiaram a criação do Estado em 1948. Aos poucos se tornaram aliados militares na região. Hoje, são responsáveis por 16% do orçamento da defesa israelense. Cooperam muito em desenvolvimento de tecnologia militar. É uma questão histórica de política de estado, que dependem pouco do presidente em exercício.

- O atentado terrorista do Hamas de 7 de outubro/2023, foi para Israel como o 11 de setembro/2001 para os EUA. O governo israelense continuará a guerra até aniquilar completamente o Hamas, e até o Hezbollah parar de ameaçar israelenses perto da fronteira libanesa.

- Antes da Guerra, Biden tinha receio da ascensão da extrema direita em Israel. Mas, quando o assunto é guerra, nunca há dúvida. EUA e Israel estão lado a lado, e 1/3 do eleitorado americano aprova o apoio americano aos israelenses (tano em Gaza quanto no Líbano).

- Nesse momento, não é a racionalidade que importa, mas se você é ou não humano. É difícil viver num país que é claramente contra as pessoas que você ama.

- Apenas os eleitores registrados como muçulmanos são 200 mil eleitores, a maior parte desses votos foi para Biden na última eleição. E agora? A prioridade tem sido acabar com o sofrimento.

- Dar voz aos que não têm, colocar um dos nossos no jogo, enfraquecendo os democratas. Mas... “Meu sonho é que as pessoas se sintam bem sendo quem elas são, com o que quiserem aprender e com a religião que queiram ou não seguir. Importante é ir em frente, e se for para voltar atrás, que seja para ir ainda mais longe, aonde quer que queira estar, com quem estiver, sem abusos ou violações das liberdades”.



Cinturão do Ação” por causa da instalação de fábricas na região durante a Revolução Industrial no fim do século XIX-XX. Uma área que passou a ser chamada de “Cinturão da Ferrugem”, por causa do declínio econômico nas décadas de 1970-1980, com o fechamento de negócios que não resistiram à competição internacional. O eleitorado daí é formado principalmente por trabalhadores insatisfeitos com a falta de perspectivas e de retorno financeiro. 

Cinturão do Sol” porque o clima é mais quente. Foco no eleitorado latino e no negro, que podem decidir a eleição. 

·       De que forma o aumento do custo de vida impede que as novas gerações alcancem o chamado “Sonho Americano”?

- Os norte-americanos continuam entre os mais ricos do mundo, mas eles estão se sentindo muito pobres.

- O que é o “Sonho Americano”? Uma promessa de que cada nova geração viveria um pouco melhor que a anterior (só que essa promessa está, não só sendo frustrada, como revertida, isto é, está se vivendo pior. Resultado? Crises de drogas, opióides, suicídio, alcoolismo). Os americanos ainda estão entre os mais ricos do mundo, mas a quebra desse contrato de sonho, fez muita gente perder a esperança e estão bem frustrados.

- 1960: casa num bairro bom, ter bons estudos, cerca branca, uma esposa, 2 filhos, 1 cachorro, dinheiro suficiente para pagar seus gastos – e ainda sobrar um pouquinho (uma faculdade naquela época custava US$ 5 mil/ano, hoje, US$ 90 mil/ano; uma casa de US$ 89 mil, hoje, US$ 250 mil).

- Durante a Pandemia, o BC americano imprimiu US$ 5 trilhões para ajudar o Governo a pagar trabalhadores que não podiam trabalhar, e também para ajudar negócios, estados, municípios... Os americanos gastaram pouco e guardaram dinheiro na poupança: US$ 2 trilhões. Quando a pandemia acabou os preços subiram: hoje, em média +20% mais caro. Inflação acumulada da pandemia.


·       Algumas diferenças da votação nos EUA x Brasil:

- a eleição nos EUA é um dia comum, todos trabalham normalmente;

- os norte-americanos não são obrigados a votar;

- 47 dos 50 estados, e a capital, permitem o voto antecipado, presencialmente ou pelo correio.

- a abstenção vem crescendo, na última, mais de 75 milhões de eleitores NÃO votaram (e olha que foi a maior participação em 120 anos!). Principais razões para NÃO votar: A) não acreditar em política; B) não achar que o voto faça a diferença; C) não gostar de nenhum dos candidatos. O grande problema nos últimos anos foram as dúvidas plantadas no processo eleitoral. Se as pessoas perdem a confiança, não dão ao trabalho de participar. Um verdadeiro teste às instituições democráticas, sendo postas em xeque.

- Enfim, a Democracia é uma escolha diária. Cada pessoa precisa participar, e votar, para salvá-la. A participação do máximo de gente é importante, a começar pelo engajamento das minorias e dos ativistas pelos direitos civis.

·       O discurso negacionista de Trump:

- tom combativo e radical de ataques;

- dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral;

- alegação de sua tentativa de assassinato;

- atirar contra a imprensa das notícias falsas;

- até hoje recusa a derrota de 2020;

- nunca devia ter saído da Casa Branca;

- diz que a oposição roubará a eleição;

- afirma que as máquinas serão adulteradas;

- atacou pesquisas eleitorais, sobretudo as desfavoráveis a elel;

- enfim, sem apresentar provas de nada do que diz.

- condenado na Justiça, alvo de uma série de processos, acusado de ser antidemocrático, misógino e racista. 

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