Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

sábado, 28 de setembro de 2024

Redes sociais normalizam o enlouquecimento do mundo.

·       Desafios do nosso tempo são mais intensos e beiram o insuportável (e afetam todos nós): queimadas, variações climáticas, extremismos, políticos grotescos e violentos, abuso da liberdade de expressão, cibercrime à nossa identidade e o nosso dinheiro, sensação de sufoco e impotência, de smartphones que normalizam absurdos – nos monitorar continuamente e afogar em conteúdo de valor questionável, de redes sociais que manipulam nossos cérebros e corações sem seus algoritmos de relevância, a perda do controle humano e o uso malicioso dos sistema de IA que pode levar a resultados catastróficos para toda a humanidade a qualquer momento, continuamente acelerados pelas plataformas digitais, que defende irrefletidamente os interesses das big techs...

·       Que mundo queremos? De sociedade unida e não rachada, de políticos que priorizam o debate de ideias, o apreço à convivência cívica e o respeito a valores básicos, de recursos digitais que nos brindam com facilidades, compromisso de desenvolvimento ético da IA e uma cooperação internacional para uma fiscalização independente, com capacidade de parar e discutir implantação de propostas...

1.     Documento da ONU prepara propostas para definir limites às plataformas digitais e criar padrões éticos para o desenvolvimento e o uso da IA – é o “Pacto do Futuro”, que não terá força de lei, mas pode criar boas práticas para um uso mais equilibrado dos recursos digitais, com um órgão internacional para fiscalizar seu desenvolvimento;

2.     A alfabetização digital e a educação midiática, além de apoiar o jornalismo, para que os cidadãos desenvolvam um senso crítico que minimize a manipulação pelas plataformas digitais;

3.     Não se trata de botar barreiras à inovação, colocando limites às redes sociais e a IA, mas que isso seja feito colocando os interesses da humanidade à frente dos desenvolvedores.

4.     Regulamentar um mercado não impede seu avanço. Basta observar que algumas das indústrias mais inovadoras do mundo também são as mais regulamentadas, como a automobilística e a farmacêutica.

5.     O domínio da inteligência artificial despontou como a mais importante arma geopolítica das próximas décadas. EUA e China, os grandes opositores do cenário global, dominam essa corrida, e não querem ser superados em algo que pode levá-los a uma dominação planetária. São os complexos interesses nacionais envolvidos. E enquanto os países continuarem colocando seus interesses à frente da humanidade, veremos a ganância econômica e política, e o negacionismo científico e educacional dando as cartas e agravando esses problemas.

Enfim, temos que desacelerar e raciocinar! Caso contrário, corremos o risco de sair da pista com tanta velocidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário