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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Carta golpista (2022).

 

Uma “Carta ao Comando do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, com participação de 12 coronéis, 09 tenentes-coronéis, 01 major, 03 tenentes e 01 sargento. Destes, quatro militares-coronéis são alvos principais: Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura (ambos da ativa) e Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso.

A carta foi encontrada no celular de Mauro Cid, tenente-coronel do Exército Brasileiro e ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), durante investigações da Polícia Federal.

A carta pedia:

- que o Exército atuasse em uma ação de Garantia da Lei e da Ordem para impedir a posse de Lula, defendendo que o mecanismo seria papel constitucional da Força para garantir a preservação dos Poderes naquele momento. A GLO era vista por bolsonaristas como ponto fundamental para o golpe planejado.

- pressionar o comando da instituição a dar um golpe e impedir a posse do presidente eleito Lula (PT).

- há possível crime militar na redação e publicação do texto.

- O texto produzido tinha como alvo o general Marco Antônio Freire Gomes, que comandava o Exército naquele momento.

- A ideia era que o documento fosse assinado por um grande número de oficiais.

- Assim que começou a circular, o próprio Exército teria alertado aos fardados sobre os riscos de adesão ao movimento.

- Os oficiais estavam “sempre prontos para cumprir suas missões” e citavam ‘objetivos nacionais’ acima dos ‘interesses pessoais’.

- ‘coragem’ aos soldados naquele momento: ““Covardia, injustiça e fraqueza são os atributos mais abominados para um Soldado. Nossa nação, aquela que entrega os maiores índices de confiança às Forças Armadas, sabe que seus militares não a abandonarão”...

- pedia que os comandantes tomassem iniciativas para o “imediato restabelecimento da lei e da ordem, preservando qualquer cidadão brasileiro a liberdade individual de expressar ideias e opiniões”. O contexto do pedido era ofertar uma proteção aos golpistas acampados em frente ao quartel do Exército.

Outros pontos: 

·       Oficiais pediam golpe de Estado;

·       Segundo investigações do próprio Exército, que apura a tentativa de golpe de Estado e acusações de envolvimento de membros da corporação na tentativa golpista, 37 militares assinaram o documento na noite de 28 de novembro de 2022;

·       26 militares receberam punições disciplinares. Todos vão responder a Inquérito Policial Militar.

·       15 dias após o segundo turno das eleições, houve um encontro do ex-presidente Jair Bolsonaro com os comandantes das Forças Armadas, em que também estavam o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o general Braga Netto.

·       Outro detalhe é que a reunião não constou na agenda oficial do ex-presidente, e teria ocorrido no Palácio da Alvorada.

·       Mauro Cid, até então o “faz tudo” de Bolsonaro, recebeu um estudo sobre o “poder moderador” de militares, tese adotada por bolsonaristas para justificar um possível golpe militar.

·       Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelou em delação que o ex-presidente se reuniu com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar para discutir a possibilidade de golpe militar no país. Segundo a delação, no encontro se tratou de detalhes de uma minuta considerando uma intervenção militar. O objetivo seria impedir a troca de governo no Brasil.

·       O almirante Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, teria dito a Bolsonaro na ocasião que a tropa comandada por ele estava “pronta para aderir a um chamamento” do ex-presidente. Em contraponto, a chefia do Exército afirmou que não embarcaria no golpe.

Conclusão:

Precisamos apoiar, reescrever e ser o jornalismo que chama as coisas pelo nome. Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial. É preciso pensar, escrever e agir sem o apoio de bancos e fundações. Sobreviver, unicamente, do trabalho, de projetos e contribuições de parceiros de luta.

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