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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

“Briga” entre golpistas.

 

Bolsonaro contra Bolsonaro.

Nas eleições municipais de São Paulo, o coach Marçal e o inelegível Bolsonaro encenam brigas com mordidas, cabeçadas, tijoladas na cabeça, dedos nos olhos, tesouras voadoras... Tudo de mentirinha. Dois bicudos-golpistas que antes trocavam carícias, agora supostamente não se beijam.

O inelegível tem um medo pânico de perder o controle das forças conservadoras, impossibilitando os planos de reverter a inelegibilidade (por enquanto, tais planos continuam a ser articulados no Congresso). Então “tudo vale”, até apresentação de “fogo no parquinho”, com fogo de verdade!

Enquanto eles “brigam”, ou encenam a briga, estão capturando as atenções. Ou seja, a pilantragem nunca deu tantos votos como hoje. É uma estratégia que lembra o antigo telecatch. Mas, o teatro é desmascarado pela observação cuidadosa das espantosas semelhanças entre os “bicudos-golpistas”.

Vejamos alguns pontos dessas semelhanças, que nos alertam:

1.     Compulsão de mentir;

2.     Estão ligados ao crime;

3.     Encarnam personagens;

4.     Falam em nome de um Deus só deles;

5.     Manipulam as redes;

6.     Vendem-se como antissistema (o antipolítico da vez);

7.     Ignoram qualquer projeto de governo;

8.     Atacam o Estado;

9.     Defendem a trapaça como um ideal de vida;

10.  Correm na mesma faixa da direita para seduzir o eleitor;

11.  Representam a enganação política;

12.  Acredita que o trabalho como golpista seja mais eficaz;

13.  E quem não foi no país que trocou o jeitinho pelo golpinho?

14.  Quando oferecem escolhas, são pautadas na subversão e foiçadas no escuro;

15.  Inexiste alguma coisa pautada em regras de civilidade;

16.  Sua força está no controle das “forças conservadoras”.

Tudo isso alerta que, se bicudo se transformar em governante por essas vias, estaremos dando à cidade-nação um governo à base de galhofa, armado para desmontar a civilidade e terminar por subverter as regras de legalidade. Afinal, se um processo não é levado a sério, o que esperar do seu resultado? Se não há debates para escolhas sólidas, o que esperar das propostas e futuras ações? Início, meio e fim necessitam ser levados a sério, com governantes e governados se dando ao respeito.

Não pode ser objeto de piadas ou de escárnio, muito menos de disputas que obedeçam à dinâmica de brigas de foice no escuro. Caberia aos candidatos adversários, aos partidos, aos organizadores de debates e eleições, às campanhas, à Justiça Eleitoral e, sobretudo, ao eleitorado, dar um jeito de encontrar a melhor maneira de retomar o rumo adequado desse debate político. Se não for assim, estaremos mal. Vamos nos arriscar demais outra vez, absolutamente todos, a aceitar a lógica da contestação vazia contida na preferência por um similar humorista na gestão pública das cidades, o que nos levaria ao fundo do poço da negação da política.

Para piorar, uma imprensa histriônica, antipolítica, com inclinação para demonizar a esquerda. No agronegócio, plantam real e quer colher dólar, semeia soja e quer colher feijão. A jogada da direita é fazer os eleitores se auto explodirem ou implodirem, escolhendo aberrações para governar a cidade onde moram. Cancelar o protesto e a rebeldia por um esculacho brasileiro, visando minguar a Democracia dos Cidadãos por uma caricatura de “democracia” controlada por coronéis e elites. O cidadão que está na base da pirâmide está abandonado, faz é tempo, pelos que se vendem como educadinhos e “éticos” (gente com renda de cinco ou seis dígitos e diplomas no canudo). A elite controla a massa. A massa vota na elite. Uma pequena parcela da massa se torna elite. E o ciclo vicioso perpetua.

Enfim, a política como uma teatralidade macabra. Adentramos num novo episódio da história em que a rebeldia cedeu lugar à encenação do engajamento via rede social, substituindo o ser protagonista-ator no palco pelas curtidas de plateia – a cidadania deixou de existir. Estão jogando no lixo a oportunidade de se fazer boas escolhas, que são as reais não as virtuais. Quando há protestos, são direcionados aos políticos tradicionais e alguma insistência de civilidade.

Agora sabendo bem quem é o carrasco, hora de voltar as atenções para o bom nível de pessoa para governar uma cidade – LULA! 

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