Veja a França e os EUA. Enquanto lá a extrema direita tirou o 1º lugar contra o 3º, cá na América Trump vai recebendo vista grossa da Corte. Isso não é nada bom para o Brasil. Vejamos motivos:
1.
A decisão da Suprema Corte americana de dar a Donald Trump uma
imunidade parcial nos processos a que responde favorece-o na corrida
presidencial, afastando a possibilidade de vir a ser julgado antes das eleições
de novembro. Ou seja, a maioria conservadora da Suprema Corte dando argumentos
à visão da direita internacional;
2.
A tentativa de confirmação de que o ocorrido no Brasil pode não ter
sido uma tentativa de golpe, mas uma ação presidencial dentro de suas prerrogativas;
3.
Chancelar a estratégia de controlar a mais alta Corte do país com
nomeações a dedo;
4.
Se Trump voltar eleito, levará ao governo um aliado incondicional
da direita brasileira, com ligações pessoais com os Bolsonaros;
5.
A imprensa e suas técnicas de psicologia reversa, capaz de fortalecer
o adversário supostamente batendo nele. Muito bem explicado nas páginas de
jornais e revistas, no rádio e nas redes sociais, nos canais de comunicação,
principalmente nas telas de televisão;
6.
A vitória da direita no 1º turno da França mostra que o centro que
apoiava Macron foi para a direita, e a extrema direita foi para o centro. Ou
seja, os eleitores de centro estão acompanhando o movimento de direita. Isolado,
coabitando, sem poder. Haverá crises permanentes. A manobra que ele tentou para
esvaziar a extrema direita foi errada; ao contrário, fortaleceu-a. O eleitorado
está sendo convencido a querer mudar radicalmente a situação. Essa extrema
direita está se disfarçando em direita, isto é, mudando de atitude para se
tornar mais palatável ou não ser mais vista como política de extrema direita
por muitos setores da sociedade. Enfim, a direita e a extrema direita têm
ganhado terreno no mundo todo, principalmente na Europa. O momento não é bom para
o centro democrático.
7. A quem os sucessores de Bolsonaro vão buscar? O perfil de centro-direita. Eles se distanciam da agressividade de Bolsonaro, mas continuam adotando medidas estapafúrdias como as escolas cívico-militares ou a visão autoritária na segurança pública. E aí o termo extremo e radical “obrigar” passa a ser visto com suavidade, como “solução” mesma para questões tão fundamentais como segurança pública e educação.
Enfim, são muitas emoções.
Todas tratadas com muita radicalização porque o coração e a mente perturbados
geram radicais.
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