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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 30 de maio de 2024

Mercado de trabalho aquecido.

 

·       A renda média do trabalhador cresceu 4,7% em relação ao ano passado e está em R$ 3,151 mil por mês (a massa salarial – soma dos ganhos de todos os trabalhadores do país – chegou a R$ 313,1 bilhões mensais, novo recorde da série histórica);

·       A ocupação bate recorde. O número de brasileiros ocupados (100,8 milhões) é o maior da série histórica, desde 2012. Desses, são 38,1 milhões com carteira assinada no setor privado, índice mais alto já registrado;

·       O desemprego ficou estável: 7,5% (melhor que as previsões do mercado 7,7%), com 8,2 milhões de brasileiros em busca de uma vaga;

·       Também bateu recorde o número de trabalhadores sem carteira no setor privado, com 13,6 milhões de brasileiros nesta forma de inserção no mercado. Foi registrada estabilidade no trimestre e alta de 6,4% (mais 813 mil pessoas) no ano. 

·       No acumulado do ano (janeiro a abril), o saldo foi de 958.425 empregos criados. Em abril, as contratações foram puxadas pelos setores de serviços, com 138.309 postos e pela indústria, que criou 35.990 vagas. A agropecuária teve o desempenho mais fraco entre os cinco principais setores.

·       Atualmente, há 46,475 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada.

 

·       O que ajuda a explicar os números?

1.     Medidas que injetam dinheiro na economia;

2.     A política de aumento real do salário mínimo;

3.     Pagamento de precatórios pelo governo;

4.     Retomada dos serviços às famílias;

5.     A alta do consumo pode forçar uma atuação mais cautelosa do BC para conter a inflação;

6.     A queda dos juros e da inflação têm contribuído para o bom desempenho do mercado de trabalho quando se compara com o ano passado;

7.     Outro fator é a informalidade, que é muito significativa na composição da população ocupada no país, e tem ficado estável nos últimos trimestres. A forma de inserção que tem crescido é o dos trabalhadores formais;

8.     Parte desse movimento pode ser explicado pela política fiscal expansionista, reajuste real do salário mínimo, pagamento de precatórios (dívidas da União sem possibilidade de recurso na Justiça) e retomada gradual dos serviços prestados às famílias, mais intensivos em mão de obra. 

9.     A estabilidade da taxa de desemprego é reflexo da redução no número de dispensas no comércio, movimento mais forte no primeiro trimestre.

10.     Foi observado um aumento da ocupação na administração pública, saúde e educação. É neste período (eleitoral) que são recontratados os profissionais da educação pública, sobretudo do ensino fundamental. 

·       Desemprego tem menor taxa em 10 anos, desde 2014 (trimestre encerrado em abril)! Mercado aquecido leva a maior índice de empregos com e sem carteira no setor privado.

·       Todos esses dados confirmam o cenário de aquecimento do mercado de trabalho no primeiro semestre em linha com a atividade econômica – o que é muito bom para o trabalhador.

·       Mas, essa alta dos salários pode fazer o BC manter os juros altos por mais tempo. Com mais renda disponível, aumenta o consumo e isso pode ter reflexo nos preços. Ou seja, isso impõe alguma restrição à política monetária. Com o mercado de trabalho mais aquecido, os empregadores devem reajustar os salários acima dos ganhos de produtividade e repassar o aumento de custo aos preços. Por isso, o mercado de trabalho deve pressionar a inflação de serviços, que por enquanto tem se mantido comportada, apesar de as previsões estarem subindo. Assim, a contínua piora das expectativas de inflação pode levar a autoridade monetária a pausar o ciclo de cortes no atual patamar de 10,5% ao ano da Selic (juros básicos da economia).

·       Opa! Um mercado de trabalho forte para o período de fevereiro e abril, época tradicionalmente fraca para criação de vagas, é um ótimo sinal. A questão é se essa melhora continuará nos próximos meses, afinal, o mercado formal mostra uma nova dinâmica depois da saída da crise da pandemia. E gerar muito emprego e de forma consistente depende do PIB. 

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