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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

domingo, 21 de abril de 2024

Por que a direita domina as redes?

 

Creio em algo, mas adoro a mentira.

As redes geram uma epidemia de inconsistências. Que democratização de informação e opinião que nada! A humanidade sempre teve uma relação delinquente com a fala, a linguagem e a emissão de opiniões. Trata-se de uma situação estrutural mais profunda.

Não aprendemos a falar “para” o conhecimento consistente de nada. Aprendemos a falar “para” garantir a sobrevivência, a defesa e convencer o outro aos nossos caprichos – entre eles, sexo. Nessa linha, a mentira é proporcional ao simples aumento da circulação da palavra, porque amamos a mentira em si, sem nenhuma razão especial. Logo, a linguagem está a serviço do delírio, da mentira, da fofoca, da manipulação das mentes e corações.

Antes das redes sociais, a esquerda (Lenin, Trótski, Stálin, Marx) usava a linguagem para revolucionar, desconstruir, aglutinar, lutar, materializar gente. Um pragmatismo revolucionário no uso da moral e da linguagem que já não vemos mais. Estão todos se desmanchando nas fake news desmoralizantes. Agora acharam graça de brincar de fazer federações partidárias para em seguida se desfazer, acuando a palavra do outro, esvaziando-a de valor, de sentido, só para gerar mais engajamento virtual de uma determinada narrativa. E só.

Enfim, é mais fácil ser inconsistente no uso da linguagem do que seu contrário. Cadê o jornalismo e o intelectual decentes? As redes sociais e suas fekes news comeram! Culpa primeira da delinquência moral, que é estrutural em nossa espécie; e, depois, da conjuntura moral, essas redes rasas e frenéticas que engoliram a praça pública para liberar o que temos de pior.

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