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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sábado, 27 de abril de 2024

Movimento brasileiro de Analfabetização.

 

A direita apostou todas as suas fichas na ignorância e no besteirol. A aposta é um método observável – o burro carrega cangalhas sem reclamar.

O bolsonarismo é um ato falho que tenta sobreviver em nossas fraquezas. Entenda fraqueza como suspensão das regras da razão. Algo semelhante ao carnaval, quando o profano é sacralizado e o sagrado, profanado. Ele consegue se infiltrar nessas brechas. Outro exemplo vem da ciência que não deve ser confundida com dogma (religião). A ciência é feita de suposições cuja validade dura apenas até ser superada por entendimentos mais abrangentes. Ou seja, o caminho sugerido hoje pode não ser mais eficiente amanhã. E o público tem que entender isso como aperfeiçoamento e não desconfiança. Mas, a tarefa não é fácil de ser executada em mentes moralistas. Cérebros dispostos a acreditar não vão contestar recomendações, rever teses, pensar sobre instruções ou compreender aperfeiçoamentos. 

Uma parte dos livros está sendo descartada; outra, esquecida. O que resta, sendo reescrita pelas fake news. Enquanto uma ponta não consegue se alfabetizar, a outra ponta passa por um forte movimento retógrado dos níveis de escrita – querem nos retroceder às garatujas e transformar a palavra em pura imagem.

E o mau exemplo vem de cima. Collor e FHC liam a cartilha da privatização; Michel Temer lia bulas de Impeachment; Jair Bolsonaro lia, no máximo, passagens bíblicas e minutas de golpe – eclético, chegou a indicar a seguidores as obras de Churchill, Brilhante Ustra e Olavo de Carvalho.  

É o aluno que não lê; quando lê, não entende; quando entende, não avalia criticamente ou forma opinião. O resultado do retrocesso está aí: quem ousa pensar está sendo cancelado por gente com menos de uma migalha do talento do pensador. Na lixeira ou nas nuvens, decorando estantes ou cabulando penas, o livro continua sendo uma “felicidade clandestina” para poucos que ainda insistem em ouvir, falar e ver. 

Enfim... Restam algumas teses:

Uma nação se faz com criaturas humanas e seus saberes. A leitura é salutar na formação do pensamento. Competência e poder de persuasão se constroem com leitura, escrita e intuição. Viva as habilidades de articulação de ideias e interpretação e análise crítica de textos!

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