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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

domingo, 7 de abril de 2024

Como acabar com a corrupção eleitoral?

 Corrupção acarreta custos políticos, sociais e reputacionais. Ela não é só pagamento de propina. As mais comuns são: a compra de votos, a utilização da máquina pública e o desvio de verbas e dinheiro público. Os votos de cabresto se modernizaram, graças ao usufruto do patrimonialismo, nepotismo e o desuso da máquina pública em prol do bem-comum.

Graças à cédula pública e a urna eletrônica, superamos algumas das principais práticas corruptas: a violação do segredo do voto e as fraudes na sua contagem. Entretanto, ainda sobressai o descompasso entre o progresso obtido pela utilização corrupta de contratos de obras públicas, em grande escala, para campanhas eleitorais.

A compra direta ou troca de vantagens por votos, uma prática corrupta e ilegal, foi substituída por uma artimanha que acaba não fugindo das tentativas de manipular – a mobilização do eleitorado em bases programáticas (políticas públicas na véspera das eleições). 

Como acabar com a corrupção eleitoral? 

·       Eliminar o descompasso entre lisura dos procedimentos e financiamento corrupto das eleições;

·       Passando por notável mudança institucional ou reformas;

·       Formando coalizões majoritárias entre facções dissidentes de elites no poder e setores emergentes fora do poder (partidos ancorados no operariado e setores de renda média);

·       Causando choques políticos e econômicos ou conflitos intraelites que questionem e rompem com o estado maculado existente, abalando as elites no poder que controlam recursos e impõem seu domínio sobre rivais;

·       Observando a qualidade das coalizões e evitando que elas despenquem em práticas corruptas;

·       Melhorando as leis eleitorais que disciplinam os financiamentos de campanhas, gerando fundos bilionários e descompassos na corrida eleitoral;

·       Combatendo os desvios de recursos de estatais e a concentração de emendas. Vide o Centrão, o âmago da corrupção via máquina pública, com seus partidos envolvidos em escândalos e que mais cresceu nas eleições subsequentes (controla muitos estados, municípios e a verba federal);

·       Em vez de alimentar, a sociedade precisa ajudar a combater o status quo da corrupção;

·       Combater a contratação de servidores de forma direta, primando pelo concurso público em detrimento de contratos e comissionados (e ainda juntam os terceirizados por um tal instituto). Mas, para isso, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e outros órgãos de fiscalização precisariam funcionar bem;

·       Acabando com a ilegibilidade de licitações, com as (bi-mi)lionárias sem licitação para obras supostamente emergenciais às vésperas das eleições;

·       Alterar a forma de administração do dinheiro público, que não pode acontecer por administradores ou conselheiros em fim de carreira indicados pelo executivo para manter o sistema sem rígida fiscalização (com no máximo “multinhas” e relatórios de faz de contas);

·       Evitando que o inelegível e sua reforma administrativa que acabava com a estabilidade do servidor voltem!

  “[...] há um jeito mais fácil de extinguir a corrupção. Como, para existir corrupção, tem de haver um corrupto e um corruptor, e como o corruptor, de maneira geral, é aquele que tem dinheiro para corromper, basta então que este indivíduo não corrompa a outros. Do ponto de vista operacional, não é difícil. Se o empresário é aquele que possui dinheiro e a corrupção é feita com esse capital, não o utilize para fazer isso e a corrupção acaba. Pode parecer óbvio, mas o espanto é grande, porque sempre se supõe que o processo de higiene política tem de ser feito num outro lugar que não aquele em que estou” (POLÍTICA para não ser idiota, p. 47). 

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