Cada vez mais há uma instrumentalização da fé, usada em campanhas eleitorais como acessório de algo maior: a cooperação internacional da extrema direita. Os evangélicos perceberam que têm força política e foram, aos poucos, aprimorando essa atuação. Mesmo com divergências internas, conseguiram passar uma imagem de coesão a nível nacional.
Nos EUA, Joe Biden é rejeitado por 86% dos brancos evangélicos, ante reprovação de 62% na análise geral da população. Já Lula tem 62% de reprovação (16 pontos a mais do que a média total = 46%).
Enfim, na arena evangélica, a esquerda é um problema no campo dos valores e da economia. E ainda tem o novo fenômeno dos novos atores que estão nas comunidades e atuam como comunicadores, geralmente pautados por valores conservadores (eles levam a percepção de que a vida não melhorou, de que os evangélicos são perseguidos e o medo da violência). Esses intermediários locais não estão só nas igrejas, mas também em espaços onde congregam e constroem a política no território (são propensos a se informarem por grupos de mensagens ligados à igreja). É preciso lidar com eles e construir contrapontos.
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