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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sábado, 30 de março de 2024

A Rússia e o sorriso de Putin.

 

Há uma recusa histórica da Rússia em tornar-se um país europeu. É a “Rússia eterna” ou um monólito adornado pela face de Putin – o nacionalismo grão-russo.

A guerra da Ucrânia/OTAN contra a Rússia é um conflito de “nação moderna” que tenta se impor por fora ao país. Por fora, mas também por dentro, abaixo da superfície congelada, a oposição ocidental deseja infiltrar.

Ao longo de séculos, a elite russa oscilou entre tal recusa e uma tentação intensa de ser Europa. A Rússia da esquerda resistente ressurge na guerra imperial na Ucrânia. Para ela, Putin é uma espécie de Lênin reciclado. Uma Rússia verdadeira, que tenta resistir na projeção da imagem de Putin, mas atacada com as armas militares e ideológicas do Ocidente.

Diante desse conflito, algumas conclusões:

1.     A Rússia de um PT embevecido pelo “feito histórico” da reeleição de Putin com 87% dos votos é outra: a potência nuclear que faz contraponto ao “imperialismo americano”;

2.     Na Europa, o século 20 ensinou à esquerda o valor da democracia e de uma ordem internacional baseada em regras;

3.     Na América Latina predomina ainda uma esquerda resistente, mas relegada à caverna do terceiro-mundismo e à figura incrível de Che Guevara;

4.     O militante identitário e iludido quer um Congresso “mais representativo” pela introdução de cotas raciais no sistema eleitoral, “corrigindo” a vontade do eleitorado;

5.     Cada um tem a sua própria Rússia, mas a de Putin é mais verdadeira que a de Volodymyr Zelensky.

Enfim, a “alma profunda” das nações faz gato e sapato do conceito de representação nessa história toda. Desse ponto de vista, necessário! Ou assim ou o dito modernismo europeu se infiltrará no realismo socialista, esterilizando-o. E a Rússia não seria o monólito resistente, sempre igual a si mesmo, como o sorriso de Putin. 

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