“E lançarei os egípcios contra os egípcios, e cada um lutará contra o seu irmão, e cada um contra o seu próximo; cidade contra cidade e reino contra reino” (Isaías, 19:2).
Religião é aquilo que você faz com a sua solidão. O ópio do povo. Atração pela forma platônica do bem ou pela ideia fascinante de um deus onipotente. É existência movida a crenças em detrimento do saber racional. Em vez de democracia e estabilidade econômica, ensino da Cruz e autoajuda. É estímulo ao privatismo da devoção nos moldes da teologia da prosperidade. É o caldeirão colocado sobre o fogo da extrema direita brasileira nos últimos anos, cozinhando Malafaias e Micheques, servidos em pratos escandalosos de enriquecimento de igrejas, à pressão de bancadas no Congresso.
Enfim, trata-se de um projeto escuso de poder, sob uma teologia de domínio, cujo alvo é o Estado, cujo destino é a Teocracia, com mandamentos de ódio e guerra. Fenômeno morboso e contagiante. Vácuo privatista de solidariedade, empatia e amor. Religião é ódio ao diferente. E ódio é o veneno que se toma e espera que um outro morra.
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