“Quem mandou matar Marielle Franco?” já teve mil reviravoltas, foi politizado, representa um atestado da falência da nossa segurança pública, os suspeitos são uma mistura de milicianos, bicheiros e políticos – cada vez mais difícil de diferenciar.
Até agora, superando a lógica bíblica, a conclusão é a de que “o justo precisa se justificar” porque, mesmo aqueles que tenham agido corretamente, podem ser alvo de acusações injustas. É por isso que estão implantando as câmeras corporais em policiais ou o gestor público precisa prestar contas das coisas “certas” que fez. Aqui no Brasil, a polícia mata cerca de 6000 pessoas ao ano, enquanto muitas nações europeias contabilizam menos de 20 mortes. Apenas 1 em cada 3 homicídios no Brasil é esclarecido. O conhecimento e o interesse público prevalecem sobre o corporativismo.
Enfim, a direita precisa entender que bandido bom é bandido na cadeia,
inclusive aquele que arquitetou o assassinato de Marielle. Assim como parte da esquerda deveria ter vergonha de explorar
sua morte politicamente em troca de likes nas redes, criando narrativas que
incendeiam o debate, mas não ajudam a elucidar o crime.
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