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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Anomalia: forte e ressentido.

 

Sistema bipartidário altamente competitivo pare anomalias. Uma nasceu na eleição presidencial dos EUA em 2016, no formato de empresário desaforado e exótico, sem credenciais, sem trajetória nem compromisso na política partidária.

O acontecimento marcou a entrada do populismo de direita na disputa frontal pelo poder na maior potência econômica e militar do planeta. Na Casa Branca, Trump praticou a cartilha iliberal e promoveu confusão, atritos e instabilidade.

Despediu-se do governo recusando-se a admitir a derrota nas urnas, dando azo a teorias conspiratórias e incitando uma multidão a tentar reverter à força o resultado. O Congresso foi depredado, e se seguiu uma dura reação judicial, que não poupou o ex-presidente.

Dezenas de acusações e três anos depois, Trump está prestes a tornar-se de novo o presidenciável republicano. Por quê? Porque ainda há uma forte conexão emocional quase religiosa com o líder, além de filiações a ideias e suas plataformas. A fera está ressentida e quer voltar mais forte. A preocupante possibilidade de um segundo mandato para Trump é recolocar um apolítico exótico no poder que não esconde de ninguém o seu ressentimento nem o desejo de se vingar de agências governamentais e instituições que tolheram as suas investidas cesaristas.

Não só! Outro efeito indesejado de um segundo capítulo da aventura trompista seria a deterioração geopolítica dos últimos anos, que ganharia um impulso poderoso. Líderes autocratas, populistas e extremistas de todo o planeta teriam um aliado na Casa Branca.

O mundo de 2024, com guerra na Ucrânia, no Oriente Médio e o problema climático agravado, é um mundo mais complicado do que o de 2016, que Trump já contribuiu bastante para bagunçar. Ter uma figura errática, divisiva e com sede de vingança no comando da maior potência do planeta não é boa ideia. Seria péssimo para o planeta!

Enfim, é verdade que os eleitores votam com o bolso e que um político que disputa a reeleição faz em condições muito vantajosas. Também é verdade que o mundo tem ficado mais maluco, mas daí não se segue que tenha perdido inteiramente o juízo. 

Quando o retiro da política não é o melhor destino de políticos que perdem a reeleição, a cadeia deveria ser. Isso vale para Trump, vale também para Bolsonaro. Como venceremos o trumpismo e o bolsonarismo?  Quebrando a conexão emocional quase religiosa com ele, além de romper com as filiações a suas ideias e plataformas. A mente moralista não conhece, mas acredita. E, ao acreditar, Bolsonaro pode dizer e fazer tudo, e seu contrário, que ainda assim continua altamente popular para cerca de metade do eleitorado brasileiro. A educação precisa, desde a tenra idade, produzir mentes conhecedoras e críticas para evitar uma geração de zumbis.

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