Regulamentação da avaliação de desempenho, demissão de servidores mal avaliados, limitação dos supersalários e enxugamento das carreiras de Estado...
Legislativo deseja desengavetar a Reforma Administrativa e trazê-la à pauta. A mídia e o mercado aplaudem de pé, dizendo ser necessária e urgente, fundamental para aperfeiçoar a gestão do Estado e melhorar os serviços prestados ao cidadão. Os Sindicatos estão em constante vigilância na armadilha que virá de um novo regime. Diante das pressões, vô Lula tomou a iniciativa de elaborar uma propostas alternativa de modernização da gestão de pessoal (a cargo dos ministros da Gestão e Inovação, Esther Dweck, e da Fazenda, Fernando Haddad).
Os pontos polêmicos que requerem maioria absoluta do Senado e da Câmara são:
Como melhorar a qualidade do serviço prestado à população?
1.
Há iniciativa para reduzir o número de cargos na
máquina;
2.
Exigir mais racionalidade nas carreiras;
3.
Reduzir o salário inicial, para tornar a carreira
mais lenta;
4.
Críticas à característica do serviço público ao
dizer que oferece salários iniciais superiores aos da iniciativa privada. O
servidor costuma chegar ao topo em pouco tempo e perde qualquer estímulo para
se qualificar.
5.
O Mercado deseja mais flexibilidade para a máquina
burocrática estatal ganhar eficiência e prestar melhores serviços. 1)
contratando funcionários por meio da CLT; 2) a ameaça de demissão para romper o
engessamento do setor público (inciso do artigo 41 da Constituição: “o servidor
poderá ser demitido mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,
na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa”). A questão é: como será
a avaliação e sua periodicidade?
6. PL que acaba como artifícios usados para inflar os salários de procuradores, juízes, militares e da elite do funcionalismo. Não pode existir uma reforma que deixe de lado as categorias mais privilegiadas, habituadas a definir benesses em causa própria.
· Reforma
pressionada!
- apesar de resistência do governo petista,
revisão de carreiras e privilégios dos servidores se impõe;
- PEC 32, de 2020 (concebida pela equipe
econômica de JB, PL), e aprovada em comissão especial da Câmara em 2021, a PEC:
diminui o alcance da estabilidade do funcionalismo, abre mecanismos mais
flexíveis de contratação, disciplina a concessão de benefícios e cria algum
espaço para redução de salários e ajustes na folha de pagamento;
- dispositivos como avaliação de desempenho e
critérios de demissão não estão previstos nessa PEC;
- PT pode ceder a normativos que
circunscrevam a reforma a temas como: estrutura e progressão de carreiras e
barreiras a supersalários;
- Medidas como a limitação do alcance da
estabilidade funcional e a redução de salários iniciais para melhor alinhamento
com o setor privado, necessária ao menos no nível federal, devem continuar a
sofrer ferrenha oposição da esquerda e do PT, que mantêm alinhamento a
interesses corporativistas dos servidores;
- Os jornais defendem com força a regulamentação da avaliação por desempenho, que pode e deve servir como ferramenta de remuneração diferenciada no caso do bom servidor e, sendo o caso, de demissão do mau.
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