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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

A Esquerda precisa se renovar.


“A extrema direita se apropria dos avanços tecnológicos e das guerras culturais e nos impuseram derrotas políticas e eleitorais graças á aliança com os interesses econômicos das elites financeiras e agrárias e com os neopentocostais. Para enfrentar os desafios da próxima década, o PT e as esquerdas necessitam de renovação a fim de lidarem com essa nova conjuntura, condição para serem instrumentos da mobilização que garanta base parlamentar e apoio social para as reformas necessárias” (José Dirceu).

- nossa capacidade de mobilizar a sociedade tem limites nos partidos e na direita conservadora;

- o PT e as esquerdas precisam mudar a correlação de forças no Congresso e na disputa eleitoral, política e cultural para lidar com a nova conjuntura;

- a esquerda voltou ao governo, mas em condições de minoria na Câmara e no Senado. Desafio: como governar e retomar o fio da história do desenvolvimento sem unidade nacional ou sem uma aliança entre a esquerda e setores empresariais?

- a condição está em nossa capacidade de construir um bloco social que impulsione reformas que viabilizem desenvolvimento com distribuição de renda;

- vivemos um momento de hegemonia internacional da extrema direita e do conservadorismo, consequência da globalização financeira e da desregulamentação do capitalismo, que causaram o desmonte dos estados de bem-estar social.

- A esquerda, sozinha, não tem maioria para fazer reformas estruturais. Também não consegue, sozinha, construir um projeto nacional de desenvolvimento que resolva os pontos de estrangulamento do crescimento (os juros e a concentração de renda, realimentados pela estrutura tributária baseada no consumo e na produção).

- As bancadas conservadoras, de direita e dos bancos, bloqueiam os instrumentos que poderiam superar os impasses nacionais: baixa poupança, investimento e produtividade.

- Revelada na pandemia e na Guerra da Ucrânia, nossa dependência em chips, fertilizantes, agrotóxicos, fármacos e produtos químicos é quase total. O Brasil pode e deve superar essa dependência, que é de interesse nacional, não só da esquerda.

- Extrema direita: hoje ela governa a Itália, Holanda, Suécia; é uma alternativa na França; consolida-se na Polônia e na Hungria; pode retomar o governo dos EUA; é ameaça na Alemanha; e, derrotada no Brasil, acaba de vencer na Argentina.

- retomar o caminho do desenvolvimento implica assumir nosso papel na América do Sul e no mundo, e criar as condições para uma revolução social com unidade nacional.

“O Brasil precisa fazer 100 anos em 10. Com educação e inovação, reforma tributária que inverta a concentradora estrutura de impostos, redução dos juros, uma reforma político-institucional e a redefinição do papel do Estado. Precisamos também recuperar nossa soberania na política de desenvolvimento. É um equívoco histórico o pressuposto de que o Brasil pode resolver seus problemas ou via austeridade ou apoiado na agregação de valor da agricultura e da mineração, associada com a negação do Estado e das políticas industriais. As consequências são conhecidas: crescimento que beneficia as elites e pobreza com perda da soberania nacional” (José Dirceu).

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