É preciso chegar aos idealizadores, incitadores, organizadores e financiadores (mentoria intelectual dos eventos) da tentativa de provocar uma ruptura institucional por meio da baderna e da abolição da ordem democrática. Para livrar Bolsonaro e seu grupo, a extrema direita deseja tratar o que houve em Brasília como uma espécie de catarse espontânea, sem comando nem objetivo definido.
O fechamento de rodovias logo depois do segundo turno, a queima de carros no dia da diplomação de Lula, o afluxo de ônibus no dia 7 de janeiro a Brasília, a saída de Bolsonaro do país, o esquema pesado para venda de joias, a delação do tenente-coronel Mauro Cid ainda não conhecida, os apelos vindos de integrantes da ativa das Forças Armadas, as ainda mobilizadas hostes bolsonaristas, acampamentos que se prolongaram sem admoestação havia dois meses, tudo isso não se deu por geração espontânea. Isso requer premeditação, conexão entre grupos de diferentes estados, financiamento e grande poder de arregimentação de pessoas. Ou seja, a cadeia de eventos que desaguou no dia 8 nada teve de aleatória.
Enfim, o campo
jurídico exige provas robustas para não fomentar teses de perseguição política.
Mas, já é dado como certo de que paz e união não podem ser confundidas com
impunidade, apaziguamento e esquecimento. Tudo há de ser bem investigado pela
Operação Lesa Pátria, que está em sua 24ª fase.
Nenhum comentário:
Postar um comentário