Nome esvaziado: Flávio Dino.
Em épocas de campanha, situação e oposição estão ávidas por episódios que rendam exploração política. E isso vale para todos os cargos e postos. Por exemplo...
Episódios enfraqueceram a possibilidade de o Ministro da Justiça, o Flávio Dino, ocupar a vaga de ministro do STF, aberta desde o dia 30 de setembro, quando Rosa Weber se aposentou ao completar 75 anos. As investidas da oposição para desgastar Dino foram:
- violência: as crises de segurança que atingem dois estados
populosos do Sudeste e do Nordeste, como Rio e Bahia (escalada que fez o
Executivo decretar uma operação de GLO);
- clima no Senado: os
sinais emitidos pelo Senado;
- “a dama do tráfico amazonense”: o recente episódio em que a mulher do chefe de uma das maiores facções criminosas do país (Luciane Farias) foi recebida na sede do Ministério da Justiça.
O nome alternativo que desponta é o de Jorge Messias, advogado-geral da União (AGU). Outro nome cotado ao posto é o de Bruno Dantas, presidente do TCU.
Outras conclusões:
·
Lula reclama quando entende que
ministros estão tratando suas áreas de atuação como “feudos”;
·
Dino tem dado protagonismo ou
exposto o seu secretário executivo, Ricardo Cappelli, no intuito ou estratégia de
tornar natural a permanência do seu principal auxiliar no comando da pasta caso
o presidente o escolha para o STF (afinal, uma troca na pasta, no momento,
poderia passar uma imagem de que o tema não está sendo tratado como prioridade
pelo Palácio do Planalto);
·
O Senado rejeitou a indicação de
Lula para a chefia da DPU como sinal ao Planalto de que os senadores
oposicionistas também farão revés a Dino, caso seja indicado. Dino é defendido
pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, dos STF, enquanto o
advogado-geral da União tem o apoio da maioria das lideranças do PT;
·
Apesar de o Senado só ter barrado
indicações presidenciais para a Corte no fim do séxulo XIX, há o receio entre
governistas de que uma articulação a favor de Dino faça o governo gastar muito
capital político;
·
Que tal pegar a atuação em sua
pasta e dá visibilidade às ações, seja nas redes sociais ou em entrevistas;
·
O presidente também precisa
escolher o novo procurador-geral da República. A vaga vem sendo ocupada
interinamente por Elizeta Ramos desde o fim do mandato de Augusto Aras.
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