“Todos são unidos pela missão de transmitir o conhecimento necessário nos aspectos mais importantes da cidadania e da vida”.
Vem acontecendo uma revolução silenciosa na segurança pública e ela precisa ser fomentada, não só porque é mais eficiente, inclusiva e tem um impacto mais duradouro como também é menos onerosa aos cofres públicos do Estado. Essa revolução é a construção da cidadania e da inclusão socioeconômica como arma de prevenção à criminalidade.
Criadas há 12 anos, as Bases Comunitárias de Segurança (BCS) têm duas atuações: ser a base do policiamento das comunidades e desenvolver ações socioeducativas para os moradores. Hoje, há 19 equipamentos do gênero, instalados nas maiores cidades no Estado.
Sublimação.
O jogo associado à educação tem potencial metódico para atualizar comportamento pacífico e disciplinado. É possível UNIR policiais militares às comunidades, e não só CONFRONTÁ-LAS? Sim, o esporte tem o poder de transformar nossa força vital e instintiva em vontade de vencer competições e os próprios limites. Enfim, o produto disso? Talentos, na escola e na vida!
Desta forma, o mais primitivo dos hominídeos, com seus tacapes, escondidos em cada uma de nossas mentes ditas “racionais”, pode manifestar-se livremente em busca de gols, pontos e vitórias, reduzindo, assim, a violência no cotidiano.
Já pensou? Espelho e reflexo de admiração e simpatia recíprocas? A favela se vendo no policial e o policial, na favela. Vizinhos das bases comunitárias se transformando em soldados leais, e vice-versa! Embora o primeiro dever dos profissionais de cassetete seja o de organizarem-se nos quartéis, visando atuar para preservar a integridade de cidadãs e cadadãos, a participação na sociedade civil é inequívoca. Como átomos e vazio, os capacetes vêm preenchendo um vácuo.
Estado investe em apoio e estruturas esportivas.
Estamos a falar de projetos dedicados ao fomento à prática de esportes no Estado. Há o FazAtleta (com apoio da Sudesb) e o Areninhas.
FazAtleta
Não faltam estudos que comprovam que a prática esportiva é um dos caminhos que incentivam a população, em especial os jovens, a moldar seu futuro. Por meio de conceitos como regras, disciplina, colaboração e superação, o esporte auxilia na inserção social e na formação de caráter de seus praticantes. Não à toa, a prática esportiva é um dos principais eixos das bases comunitárias e de diversas ações sociais do Estado. Percebendo a eficiência e os bons resultados alcançados por meio da realização de atividades esportivas, a PM, com o objetivo de alcançar e atrair o maior número possível de jovens e crianças, promove cursos de uma série de modalidades nas BCS. Além das aulas de judô, as bases oferecem aulas de jiu-jitsu, caratê, capoeira, boxe, futsal, basquete, aikido, kung fu, muay tahi, kickboxing e ginásticas rítmica.
Atualmente, as ações promovidas nas bases contam, também, com o apoio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) que, por meio do programa FazAtleta, fornece materiais como: quimonos, tatames, faixas, uniformes, além de bolas para as modalidades de futsal, handebol, basquete e vôlei. Quando um atleta se destaca, pode até receber passagens e hospedagem para participar de competições internacionais, por exemplo.
“O que temos em termos de retorno de familiares é sempre muito positivo, principalmente pela melhoria desse jovem no ambiente familiar e no rendimento escolar”. “São mais de R$ 5 milhões de investimento do governo da Bahia somente na política desses projetos sociais executados para atender o público jovem e socialmente vulnerável”.
“Equipamentos, trajes de competição, viagens e hospedagens, por exemplo, têm sido possíveis graças ao projeto. Mas é natural que, por se tratar de uma política pública, o segmento mais carente é aquele que recebe atenção prioritária das ações. Um dos critérios de inscrição para o aporte financeiro da Sudesb, por exemplo, é que a aluna ou aluno esteja matriculado, preferencialmente, em escolas públicas”.
Areninhas e o Bolsa Esporte.
Outro projeto é o Areninhas, que já levou à instalação de 95 quadras esportivas em regiões vulneráveis em todas as regiões baianas, com investimento de R$ 76 milhões, incentivando a prática de esportes e a criação de ações sociais nas comunidades.
E há o Programa Bolsa Esporte. Até o ano passado, a ação concedia bolsas de entre R$ 380 e R$ 2 mil, e, no edital de 2023, que logo será lançado, esses valores devem aumentar. No total, nos últimos 9 anos, a Sudesb investiu mais de R$ 270 milhões em estruturas esportivas e programas de apoio a atletas, alcançando centenas de jovens e crianças em situação de vulnerabilidade por todo o estado. Mais do que um investimento no bem-estar social, o aporte de recursos em incentivo à prática esportiva em comunidades de baixa renda é um braço importante da política de segurança pública na Bahia.
Enfim, as ocorrências de delitos e escalada de fatos violentos no estado chamam a atenção para, além das respostas imediatas de repressão à criminalidade, a necessidade de ações junto às novas gerações em áreas de risco que trabalhem a inclusão social e a garantira de cidadania como ferramentas de prevenção à violência e estímulo a uma cultura de paz. É nesta linha que as Bases Comunitárias de Segurança da Polícia Militar (PM) têm oferecido atividades esportivas a jovens e crianças, em diferentes modalidades.
A palavra é inclusão. Apesar de muitos campeões surgirem nos programas estaduais de incentivo à prática de esporte, o objetivo dessas ações não é fazer do esporte uma carreira para os jovens, mas sim fornecer uma atividade socioeducativa que dê um norte para crianças e jovens em situação vulnerável e insegurança. Programas sociais que apostam no esporte para mudar vidas e ser poderosa arma de prevenção à criminalidade.
Além de superar o esporte elitizado, há
um leque de histórias de vida, que vai da superação da perda de um pai, atendimento
de jovens moradores de bairros periféricos. É mais do que frequentar aulas, é
receber apoio, conquistar amigos e trocar experiências de vida. Ser e
conquistar como reflexo do coletivo de ideais, fonte de inspiração e exemplo. São
projetos que trazem para o protagonismo e cidadão desassistido. Ele representa
liderança, resiliência, respeito e, acima de tudo, empatia. Enfim, uma transformação
entre profissional de segurança e o cidadão, juntos em um só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário