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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 24 de setembro de 2023

Bases Comunitárias de Segurança (BCS-PM).

 “Todos são unidos pela missão de transmitir o conhecimento necessário nos aspectos mais importantes da cidadania e da vida”.

Vem acontecendo uma revolução silenciosa na segurança pública e ela precisa ser fomentada, não só porque é mais eficiente, inclusiva e tem um impacto mais duradouro como também é menos onerosa aos cofres públicos do Estado. Essa revolução é a construção da cidadania e da inclusão socioeconômica como arma de prevenção à criminalidade.

Criadas há 12 anos, as Bases Comunitárias de Segurança (BCS) têm duas atuações: ser a base do policiamento das comunidades e desenvolver ações socioeducativas para os moradores. Hoje, há 19 equipamentos do gênero, instalados nas maiores cidades no Estado.

Sublimação.

O jogo associado à educação tem potencial metódico para atualizar comportamento pacífico e disciplinado. É possível UNIR policiais militares às comunidades, e não só CONFRONTÁ-LAS? Sim, o esporte tem o poder de transformar nossa força vital e instintiva em vontade de vencer competições e os próprios limites. Enfim, o produto disso? Talentos, na escola e na vida!    

Desta forma, o mais primitivo dos hominídeos, com seus tacapes, escondidos em cada uma de nossas mentes ditas “racionais”, pode manifestar-se livremente em busca de gols, pontos e vitórias, reduzindo, assim, a violência no cotidiano.

Já pensou? Espelho e reflexo de admiração e simpatia recíprocas? A favela se vendo no policial e o policial, na favela. Vizinhos das bases comunitárias se transformando em soldados leais, e vice-versa! Embora o primeiro dever dos profissionais de cassetete seja o de organizarem-se nos quartéis, visando atuar para preservar a integridade de cidadãs e cadadãos, a participação na sociedade civil é inequívoca. Como átomos e vazio, os capacetes vêm preenchendo um vácuo.  


Estado investe em apoio e estruturas esportivas.

Estamos a falar de projetos dedicados ao fomento à prática de esportes no Estado. Há o FazAtleta (com apoio da Sudesb) e o Areninhas.

FazAtleta

Não faltam estudos que comprovam que a prática esportiva é um dos caminhos que incentivam a população, em especial os jovens, a moldar seu futuro. Por meio de conceitos como regras, disciplina, colaboração e superação, o esporte auxilia na inserção social e na formação de caráter de seus praticantes. Não à toa, a prática esportiva é um dos principais eixos das bases comunitárias e de diversas ações sociais do Estado. Percebendo a eficiência e os bons resultados alcançados por meio da realização de atividades esportivas, a PM, com o objetivo de alcançar e atrair o maior número possível de jovens e crianças, promove cursos de uma série de modalidades nas BCS. Além das aulas de judô, as bases oferecem aulas de jiu-jitsu, caratê, capoeira, boxe, futsal, basquete, aikido, kung fu, muay tahi, kickboxing e ginásticas rítmica.

Atualmente, as ações promovidas nas bases contam, também, com o apoio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) que, por meio do programa FazAtleta, fornece materiais como: quimonos, tatames, faixas, uniformes, além de bolas para as modalidades de futsal, handebol, basquete e vôlei. Quando um atleta se destaca, pode até receber passagens e hospedagem para participar de competições internacionais, por exemplo.

“O que temos em termos de retorno de familiares é sempre muito positivo, principalmente pela melhoria desse jovem no ambiente familiar e no rendimento escolar”. “São mais de R$ 5 milhões de investimento do governo da Bahia somente na política desses projetos sociais executados para atender o público jovem e socialmente vulnerável”.

“Equipamentos, trajes de competição, viagens e hospedagens, por exemplo, têm sido possíveis graças ao projeto. Mas é natural que, por se tratar de uma política pública, o segmento mais carente é aquele que recebe atenção prioritária das ações. Um dos critérios de inscrição para o aporte financeiro da Sudesb, por exemplo, é que a aluna ou aluno esteja matriculado, preferencialmente, em escolas públicas”.

Areninhas e o Bolsa Esporte.

Outro projeto é o Areninhas, que já levou à instalação de 95 quadras esportivas em regiões vulneráveis em todas as regiões baianas, com investimento de R$ 76 milhões, incentivando a prática de esportes e a criação de ações sociais nas comunidades.

E há o Programa Bolsa Esporte. Até o ano passado, a ação concedia bolsas de entre R$ 380 e R$ 2 mil, e, no edital de 2023, que logo será lançado, esses valores devem aumentar. No total, nos últimos 9 anos, a Sudesb investiu mais de R$ 270 milhões em estruturas esportivas e programas de apoio a atletas, alcançando centenas de jovens e crianças em situação de vulnerabilidade por todo o estado. Mais do que um investimento no bem-estar social, o aporte de recursos em incentivo à prática esportiva em comunidades de baixa renda é um braço importante da política de segurança pública na Bahia. 

Enfim, as ocorrências de delitos e escalada de fatos violentos no estado chamam a atenção para, além das respostas imediatas de repressão à criminalidade, a necessidade de ações junto às novas gerações em áreas de risco que trabalhem a inclusão social e a garantira de cidadania como ferramentas de prevenção à violência e estímulo a uma cultura de paz. É nesta linha que as Bases Comunitárias de Segurança da Polícia Militar (PM) têm oferecido atividades esportivas a jovens e crianças, em diferentes modalidades.

A palavra é inclusão. Apesar de muitos campeões surgirem nos programas estaduais de incentivo à prática de esporte, o objetivo dessas ações não é fazer do esporte uma carreira para os jovens, mas sim fornecer uma atividade socioeducativa que dê um norte para crianças e jovens em situação vulnerável e insegurança. Programas sociais que apostam no esporte para mudar vidas e ser poderosa arma de prevenção à criminalidade.

Além de superar o esporte elitizado, há um leque de histórias de vida, que vai da superação da perda de um pai, atendimento de jovens moradores de bairros periféricos. É mais do que frequentar aulas, é receber apoio, conquistar amigos e trocar experiências de vida. Ser e conquistar como reflexo do coletivo de ideais, fonte de inspiração e exemplo. São projetos que trazem para o protagonismo e cidadão desassistido. Ele representa liderança, resiliência, respeito e, acima de tudo, empatia. Enfim, uma transformação entre profissional de segurança e o cidadão, juntos em um só. 

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