“VIDA EM PRIMEIRO LUGAR!
Você tem fome e sede de quê?”
Na Bahia, é mais popular o 2 de Julho a que o 7 de Setembro. O desfile da Independência do Brasil sempre foi sinônimo de festa cívico-militar para a atração das famílias. Para piorar, no governo Jair Bolsonaro a data foi formatada ao uso político depois de adormecida pela pandemia de Covid-19.
Mas, não nos aprisionaram nem nos mataram. Estamos de volta e o evento pode ser a oportunidade de retomada do exercício de cidadania há 29 anos relembrado pelo Grito dos Excluídos. Com protagonismo do povo e dos movimentos sociais, é esperado que o ponto alto do 7 de Setembro seja a Democracia, isto é, a participação popular.
Não há problema ter orgulho cívico e amor à pátria Brasil. As manifestações cívicas, populares e sociais são essenciais em uma sociedade. Há problema quando esse sentimento e manipulado para fins ditatoriais e não civilizados, como foi no Governo Bolsonaro que desejava aplicar um golpe militar de Estado.
Difícil, mas a Independência do Brasil precisa ensinar às nossas crianças a importância de se tornar independente em várias coisas a cada ano que se passa. Já ficou independente das rodinhas da bicicleta? Independente da mãe e do pai para coisas básicas do dia a dia? E tantas outros significados que podem ganhar: valorização da vida, esperança de um país melhor, atuação nas lutas sociais, despertar e consolidar importantes valores, companheirismo e civismo progressista...
Enfim, precisamos
revisitar os símbolos nacionais, e resgatar o significado que lhes foi roubado.
Fim do uso político pode dar novo sentido à data. O desafio do resgate cívico
democrático. Que o desfile da Independência nos ensine a sermos independentes
mesmo em pequenas coisas. Afinal, tudo isso é conquistar liberdade.
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