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“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quarta-feira, 12 de julho de 2023

Lula x Caserna: militares e policiais federais nas eleições?

 Despolitizar corporações e quartéis bolsonaristas...

A filiação de agentes e delegados causa um desequilíbrio do sistema democrático e permite que o candidato se projete e use a instituição para proveito próprio.

A ‘bolsonarização’ está na mira de vô Lula.3, com necessidade e razão! O Governo precisa acelerar o veto a militares e policiais federais nas eleições. Afinal, é preciso que o planalto ataque nichos bolsonaristas. É uma boa arma a PEC que obriga militares a se desligarem para disputar eleição e projetos que proíbam a filiação de policiais federais a partidos políticos

Vamos aos pontos:

·       Em uma ofensiva para despolitizar corporações com forte influência do bolsonarismo, o governo discute acelerar a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obriga militares a se desligarem das Forças Armadas ou migrarem para a reserva caso pretendam disputar eleições ou assumir ministérios;

·       Em outra frente, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, também articula enviar ao Congresso um projeto que proíba a filiação partidária de policiais federais. “Quem quiser se candidatar terá que ser exonerado e cumprir uma quarentena de pelo menos 2 anos”;  

·       Há consenso entre militares e parte do Congresso para aprovação da PEC, e esse ambiente deve ser aproveitado para levar o projeto adiante nas próximas semanas;

·       O Ministério da Defesa (ministro José Múcio) já elaborou um texto para a proposta, levado para a Casa Civil, e tem na aprovação da PEC uma das prioridades do segundo semestre. A proposta tem o apoio dos comandantes das três Forças. O ministro defende que o Executivo endosse a iniciativa, pois já enxerga avanço no processo de despolitização dos quartéis;

·       Antes mesmo de a proposta chegar ao Congresso, Múcio tem abordado o assunto com deputados e senadores. Por se tratar de uma proposta de mudança na Constituição, o texto precisa do apoio de 60% dos deputados, 308 votos, e dos senadores, 49, para ser aprovada;

·       Proposta semelhante à discutida pelo governo agora já foi apresentada pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e acabou não prosperando. O texto tinha por objetivo impedir militares da ativa de assumirem cargos no governo e foi apresentada em 2021 na Câmara, mas está parada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça, da Casa); 

·       O projeto foi apelidado de PEC do Pazuello, em referência ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que assumiu a pasta quando ainda estava na ativa como general. Pazuello deixou o ministério em agosto de 2020 e voltou para o Exército, como militar da ativa. Em 2022, foi eleito deputado federal pelo Rio, já na reserva, com a segunda maior votação do estado; 

·       Outra possibilidade avaliada pelo Planalto é deixar que um deputado apresente a proposição e que o governo não a encampe diretamente;

·       Com desejo de levar adiante projeto semelhante, o diretor-geral da PF gostaria de vê-lo aprovado até o aniversário de 80 anos da instituição, em março do ano que vem. O assunto já foi tratado entre Rodrigues e Múcio. A PF também deve levar ao Congresso um texto no segundo semestre. Vale ressaltar que é ao ministro da Justiça, Flávio Dino, a quem a corporação está subordinada;

·       A iniciativa já conta com resistências no Congresso. Líder da bancada da bala na Câmara, o deputado Alberto Fraga (PL-DF) avalia que não há ambiente para a discussão, e seu grupo, formado por 298 parlamentares, trabalhará contra o avanço das propostas. “Se o servidor público pode voltar (após perder eleição), por que o militar e policial federal não podem?” (disse ele);

·       O deputado Carlos Zaratini (PT-SP) é um dos que defendem alterações no artigo 142 para que o emprego das Forças Armadas em ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) seja restringido. O objetivo é afastar a ideia, defendida equivocadamente por bolsonaristas, de que as Forças Armadas são um poder moderador. “O que a gente propõe é que as Forças possam ser usadas numa crise de segurança pública desde que haja autorização do Congresso”;

·       Contenção de danos. No caso da proposta articulada pela Defesa, aliados do presidente também avaliam que é uma alternativa para desestimular a evolução no Congresso de outro projeto, que altera o artigo 142 da Constituição. Múcio trabalha para evitar que esse texto avance, por acreditar que sua eventual aprovação poderia criar outra crise na delicada relação entre o governo Lula e a caserna. 

Enfim, militares e policiais federais precisam ser barrados na política partidária (e também na educação), Sentido! 

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