Programa Desenrola (de renegociação de dívidas).

A equipe econômica anuncia um programa para renegociar dívidas de até R$ 5 mil:

- De 30 milhões a 43 milhões de brasileiros inadimplentes poderão ser beneficiados (são todos inadimplentes, que ganham até 2 salários mínimos (R$ 2.640,00 e têm dívidas de até R$ 5 mil) com atrasos até dezembro do ano passado.

·       A escassez de crédito disponível no mercado, aliada aos juros altos, contribui para a dificuldade financeira dessas famílias. Os bancos e as instituições financeiras estão muito mais cautelosos, e restringindo a oferta desse crédito, um crédito com condição de pagamento mais rigorosa (prazos menores e juros maiores), e a classe média não tem colchão de poupança como a classe alta. 

·       Considerando todas as faixas de renda da população brasileira, a cada 5 famílias, 01 não deve conseguir honrar compromissos atrasados. E a tendência é o endividamento aumentar nos próximos meses. 

- Hoje, a maior parte das dívidas dos brasileiros é com bancos, varejistas e as companhias de água, gás, luz e telefone. Todos poderão participar do Programa. Haverá um sistema de Leilão para os credores que quiserem participar do programa.

- O governo vai garantir qualquer inadimplência nos financiamentos.

- Vai funcionar mais ou menos assim: As empresas que derem mais descontos nas dívidas terão mais chances de serem selecionadas para obter a garantia do tesouro nacional. Depois desse leilão, começam as negociações com os devedores. Elas terão o estímulo para darem o maior desconto possível porque ele sabe que vai receber. “Nós vamos refinanciar para o devedor, mas o credor não terá que ficar esperando o pagamento, ele terá a certeza do pagamento, mas, com uma via de mão dupla: melhorar as condições de descontos dos credores ao passo que facilitar a vida dos devedores”.

- Os bancos que aderirem ao programa terão uma obrigatoriedade a mais: terão que imediatamente limpar os nomes dos consumidores e inadimplentes que devem até R$ 100 (só não vale para varejistas e outras empreas). Tirar o nome do SPC e SERASA (pois tem 1,5 milhão de brasileiros nessa situação).